sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

meditações diárias'

31 de dezembro Sexta


Fim da jornada


Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações. 1 Pedro 4:7

É bom chegar ao fim: ao fim de uma semana, ao fim do mês, ao fim do ano. É bom concluir um projeto, como a construção de uma casa, chegar ao fim de um livro e ver como termina a história. É bom chegar ao fim de uma longa viagem.

Em 1968 empreendi longa viagem para a Austrália. Permaneci lá por dois anos e meio e então voltei para o Brasil, em outra longa viagem que durou exatamente um ano. Que alegria regressar à pátria e rever parentes e amigos!

O livro do Apocalipse conta a história de como começou o conflito entre o bem e o mal e de como esse conflito terminará. No capítulo 12, o profeta descreve a luta de Miguel e os Seus anjos contra o rebelde Satanás e seus anjos, os quais foram derrotados e atirados para a Terra. E os últimos capítulos falam da destruição do mal e do júbilo eterno daqueles que amaram a Deus.

Você já deve ter recebido um convite de casamento em que, após o anúncio da recepção, estavam as letras R.S.V.P., que são as iniciais, em francês, de répondez s’il vous plaît (responda, por favor). E no final do Apocalipse está um convite de casamento com as seguintes palavras: “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” (Ap 22:17).

Os noivos o estão convidando a beber a água da vida e esperam ansiosamente por sua resposta. Eles desejam desfrutar a eternidade em sua companhia. Se você responder “sim”, sua jornada terrena terá um final feliz.

Não posso descrever como serão o novo céu e a nova terra que Deus está preparando. Mas os dois últimos capítulos do Apocalipse nos dão um vislumbre desse lugar maravilhoso. Valerá a pena fazer qualquer sacrifício para estar lá.

Gosto de histórias com final feliz. Por que não dar imediatamente a Jesus a resposta que Ele tanto espera: “Sim, sim, sim”?

Feliz Ano Novo' ; )

tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz. ( Eclesiastes 3 - 1:8)

que neste novo ano que se aproxima possamos estar em paz, com nossa família, nossos vizinhos, colegas de trabalho, nossos amigos e até mesmo com nossos inimigos. que possamos perdoar à todos e fazer de 2011 um ano de amor, alegria e paz. aproveite esses últimos instantes de 2010 para agradecer a Deus por tudo que Ele te fez, por todos os livramentos, pela saúde e por tudo que Ele irá fazer também. agradeça por Ele ter te dado graça e força para que você chegasse até o fim de 2010. que você e sua família tenham um ano cheio de bençãos e vitórias *-* e lembre-se: ano novo, vida nova. vida renovada em Cristo :)
Feliz Ano Novo, Feliz 2011.

que Papai te abençoe, a paz ♥'

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

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30 de dezembro Quinta


Dias piores virão. Dias melhores também


A terra cambaleará como um bêbado e balanceará como rede de dormir; a sua transgressão pesa sobre ela, ela cairá e jamais se levantará. Isaías 24:20

Não sabemos o que o novo ano nos trará. A vida pode mudar num abrir e fechar de olhos, através de um acidente, doença, perda de um ente querido, perda do emprego ou mesmo da liberdade. A vida neste mundo é muito frágil.

Todos gostaríamos que as coisas melhorassem. Que tivéssemos mais recursos, mais tempo, mais saúde, mais lazer, mais paz. Mas se cremos na Palavra profética, não há como ser otimista quanto ao futuro neste mundo. Relembremos algumas declarações:

“Está-se formando uma tempestade, prestes a irromper sobre a Terra; e, quando Deus ordenar a Seus anjos que soltem os ventos, haverá uma cena de lutas que nenhuma pena poderá descrever” (Educação, p. 180).

“Os juízos de Deus estão na Terra. As guerras e rumores de guerra, as destruições pelo fogo e inundações, dizem claramente que o tempo de angústia, que aumentará até o fim, está às portas” (Beneficência Social, p. 136).

Quando os discípulos se aproximaram de Jesus e Lhe perguntaram que sinal haveria da Sua vinda e da consumação do século (Mt 24:3), Jesus procurou prepará-los para as tribulações vindouras (Lc 21:7-12). Mas explicou o motivo de Deus permitir tais sofrimentos, dizendo: “E isto vos acontecerá para que deis testemunho” (v. 13). Ele não ocultou que os tempos seriam difíceis, mas deu significado às provações. Quando os discípulos fossem levados perante as autoridades, eles teriam a oportunidade única de testemunhar perante reis e governadores e apresentar-lhes a razão de sua esperança. Deus não impediria que sofressem, mas usaria suas experiências para levar aos outros a mesma esperança de salvação que eles possuíam.

Deus está guiando Seu povo, e Ele tem um propósito para nós, mesmo nas provações. Ele pode transformar o mal em bem e as tragédias em triunfos. A certeza que Ele nos dá é que “não se perderá um só fio de cabelo [de nossa] cabeça” (Lc 21:18), isto é, ainda que nos lancem na prisão e matem alguns de nós, o nosso bem-estar eterno não será prejudicado.

Dias piores virão. Dias melhores também: no reino que Ele nos foi preparar.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

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29 de dezembro Quarta


Mansão sobre o monte


Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. João 14:2

Quando meus filhos eram pequenos, muitas vezes cantamos juntos no culto familiar o hino nº 501 do Hinário Adventista, “Mansão Sobre o Monte”, cujo coro diz: “Terei u’a casa, no alto do monte, com flores lindas por todo o jardim; aves cantando nas copas frondosas, rejubilando, na vida sem fim.” Lembro-me com emoção desses dias.

O ministério de Jesus havia chegado ao fim e os discípulos estavam desanimados porque haviam percebido que o reino que Ele viera estabelecer não seria uma estrutura política terrestre. Embora eles ainda não houvessem compreendido bem o que aconteceria com Jesus, seus planos desmoronaram de vez quando Ele lhes anunciou que Se retiraria da presença deles. Então Cristo procurou confortá-los, elevando os pensamentos deles para aquele mundo melhor, que será a habitação eterna dos remidos, dizendo: “Na casa de Meu Pai há muitas moradas, e é para lá que estou indo, a fim de vos preparar lugar.”

Jesus sabia que os discípulos levariam uma vida de peregrinação, viajando de um país para outro para pregar o evangelho. E para homens em constante mudança de lugar, o que mais precisavam era a promessa de um verdadeiro lugar de descanso.

Ao dizer que “na casa de Meu Pai há muitas moradas” Jesus podia ter em mente uma casa espaçosa e ampla, com acomodações para todos os seus moradores. Os discípulos, portanto, não precisariam se preocupar com a falta de lugares. Mas Jesus não está agora administrando a construção de moradias para nós, no Céu, como eu pensava quando criança, pois Ele mesmo disse que o reino dos Céus já está preparado para nós “desde a fundação do mundo” (Mt 25:34).

No simbolismo de Suas palavras sobre o preparo de um lugar para o povo de Deus podemos compreender a Sua obra intercessória no Santuário Celestial, pois como nosso “Precursor” (Hb 6:20), que penetrou no Lugar Santíssimo. Ele foi à nossa frente, preparando esse lugar para que nós possamos estar ali também.

Assim como a Terra estava pronta para receber os seres humanos quando foi criada, o Céu também estará pronto quando lá chegarmos. Não haverá improvisação, pois Deus é um Deus de ordem, e planeja tudo com antecedência.

Em breve teremos uma casa, no alto do monte Sião. Preparemo-nos para morar lá.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

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28 de dezembro Terça


Apostasia – um perigo constante


Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia. 1 Coríntios 10:12

Toda pessoa é livre para escolher servir a Cristo, e é igualmente livre para virar-Lhe as costas. Uma pessoa pode estar firme em Cristo pela manhã e rejeitá-Lo ao entardecer. Ninguém, nesta vida, atingirá um nível espiritual do qual não possa cair. Daí a importância de manter-se vigilante.

Cristo declarou que havia descrentes entre os Seus próprios discípulos (Jo 6:64), tanto é que muitos deles “O abandonaram e já não andavam com Ele” (v. 66). Alguns perceberam que não seria possível desafiar as autoridades de seu tempo sem sofrer as consequências. Estavam dispostos a seguir a Jesus com “céu de brigadeiro”, mas não sob tempestade. E estava se armando uma tormenta sobre Jesus e Seus seguidores. Outros haviam vindo a Jesus por interesse, e quando sentiram que o discipulado envolveria não apenas receber, mas também dar de si, caíram fora.

A Bíblia está repleta de apóstatas, a partir de Caim. Mas quero me concentrar hoje no caso de Demas, cujo nome é mencionado apenas três vezes. A primeira está em Filemom, onde Paulo chama a Demas e Lucas de “meus cooperadores” (v. 24). Podemos ver aí a grande estima em que Demas era tido: seu nome é mencionado antes do de Lucas, e Paulo o considera um “cooperador”. Na segunda menção a Demas, Paulo diz: “Saúda-vos Lucas, o médico amado, e também Demas” (Cl 4:14). Parece que algo mudou aí, pois Paulo agora menciona Lucas em primeiro lugar, com uma palavra de apreço, e se limita a citar Demas depois, apenas pelo nome. Aparentemente, Demas havia começado a se afastar. Mais tarde, Paulo diz: “Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou” (2Tm 4:10). Aqui temos, em poucas palavras, a história da vida de um homem. Ele não apostatou de um dia para o outro. A chama da sua fé foi se extinguindo lentamente.

A mesma condição existe hoje na igreja. Dificilmente alguém acorda um dia e declara: “A partir de hoje não serei mais cristão. Vou abandonar a Deus, deixar de ler a Bíblia, e sair da igreja.” A pessoa vai se afastando aos poucos, negligenciando a oração, o estudo da Bíblia, a devoção para com Deus, a frequência aos cultos.

Prevenir a apostasia é melhor do que remediar. Continuemos cultivando nossa fé como se cultiva uma planta no jardim. É necessário cuidado constante.

Quando Jesus perguntou aos doze: “Quereis também vós outros retirar-vos?”, a resposta de Pedro deve ser também a nossa: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6:67, 68).

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

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27 de dezembro Segunda


Um salmo para cada emoção


Instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. Colossenses 3:16

A poesia e o canto são dons que Deus nos deu para expressarmos nossas emoções mais profundas. E expressamos cada emoção com um cântico correspondente.

Assim, a mãe canta uma canção de ninar para o seu bebê. O jovem apaixonado e cheio de pensamentos românticos faz uma serenata junto à janela de sua namorada. O soldado a caminho da guerra canta um cântico marcial para elevar o espírito e apressar o passo. Os cânticos fúnebres são reservados para os momentos de dor e morte.

A experiência religiosa é enriquecida com cânticos apropriados a cada ocasião. Cantamos canções natalinas ao celebrar o nascimento de Jesus. Por ocasião da Páscoa cantamos sobre a cruz e a ressurreição. Invocamos a presença de Deus com um hino e cantamos também para encerrar o serviço religioso. Nossos momentos de adoração seriam apáticos se não fossem vivificados pelo cântico congregacional.

A poesia também é encontrada na Bíblia. Embora haja exemplos de poesia em quase todos os seus livros, é nos Salmos que a expressão poética bíblica se acha concentrada. “Há salmos para cada emoção, para cada necessidade: salmos para os desapontados, para os desanimados, para os velhos, para os desesperançados, para os doentes, para os pecadores; e salmos para os jovens, para os fortes, para os esperançosos, para os fiéis, para o filho de Deus, para o santo triunfante” (SDABC, v. 3, p. 620).

Os Salmos constituem a leitura predileta daqueles que desejam desfrutar de um bom relacionamento com Deus. A vida nem sempre é fácil. Inclui momentos de gozo, mas também de perplexidade. Há ocasiões em que reconhecemos as bênçãos de Deus e outras nas quais nos sentimos abandonados.

Jesus citou os Salmos mais do que qualquer outro livro. Seus ensinos, no Sermão da Montanha, estão repletos dos princípios encontrados nos Salmos. Ele e Seus discípulos cantaram um salmo ao terminar a última Ceia (Mc 14:26). Na cruz Jesus exclamou: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Sl 22:1).

Muitas vezes nos sentimos sozinhos em nossa experiência, como se não houvesse ninguém no Universo que nos compreenda. E são nesses momentos que podemos encontrar consolo nos Salmos, ao percebermos que alguns homens de Deus se sentiram da mesma maneira que nós, mas venceram seus períodos de depressão expressando sua confiança em Deus.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

(n)

Ah que droga!
Sabe oq é ter vontade de falar tanta coisa e não conseguir dizer nada?
Bom, vamos tentar né ...
[aaaaaaaaaaaa]  cansei!
éee, cansei de novo --'  eu vivo cansando das coisas --'
tem vezes, e não são poucas vezes, que as coisas me cansam
hoje é dia 23 de dezembro, táa chegando o natal [aquelegal]  e daí ?  --'
sabe oq acontece no natal aqui em casa?   vou te contar ...      NADA !
fim de ano aqui é sempre a mesma coisa, o mesmo desânimo ...
aí minha irmã vem pra cá, ou agente vai na casa dela e fica assim ...
parece que eles se contentam com isso sabe ...   mas eu não!
eu odeio isso, sempre isso, não sai disso nunca!
não tenho assunto com eles, nem consigo ficar bem lá, aí eu fico lá sentado
quieto, ouvindo eles conversarem, com cara de quem quer ir embora
como se isso fosse resolver alguma coisa, como se em casa estivessem
as pessoas que eu mais queria que estivessem lá naquele momento ...
mas eu posso entender o porque disso ... vou te explicar ...
antes, aqui em casa, fim de ano era mais animado, ou melhor, era animado.
sei lá, nós íamos pra casa de alguém da família, geralmente da minha avó,
a família toda, e fazíamos bagunça, era muito legal ... eu gostava tanto daquilo
em 2004, o final de ano foi diferente,  beem diferente,  do tipo, único mesmo :x
duas semanas antes do natal meu pai se foi, e levou consigo a 'nossa vida'
sabe, eu acho muito estranho eu ter uma memória tão boa para as coisas que aconteceram depois disso na minha vida mas antes eu realmente não lembro de quase nada :x  como se a morte dele, oq aconteceu, tivesse me abalado tanto que eu esqueci de tudo deve ter sido isso mesmo ...
meu pai era oq fazia essa casa funcionar, minha mãe vivia 'em função dele' assim
e ele sempre foi um ótimo pai, um ótimo marido ...
a partir daquele ano, as coisas mudaram de uma forma definitiva, que não voltará atrás jamais foi aí que o fim de ano perdeu o sentido.  Eu não sou de me abalar tanto quando falo disso ou quando penso nisso, mas tem algo lá no fundo que mexe muito, sem que eu perceba, mas isso controla o meu humor, as minhas reações, a forma como eu fico nessa época do ano ...
minha vida mudou completamente depois que o meu pai morreu, e nessa nova vida que eu comecei a partir de 2005, ele não faz parte, foi a partir daí que tudo começou a realmente acontecer pra mim, mas ele já não estava mais aqui nesse momento ...
meu pai não me viu quando eu tive meu primeiro trabalho, minha primeira namorada, não estava aqui pra colocar a mão no meu ombro e falar:  é filho, ótima escolha ela é linda, ou, não tinha uma mais bonitinha não?  auhahahuhahahahhahahhahahha  :x
sei lá oq ele ia dizer, oq ele ia fazer, não sei mesmo, queria muito saber :/
eu nunca consegui imaginar meu pai aqui, participando das minhas coisas,
nem nunca parei pra pensar muito nisso, mas eu acho que acabei de perceber que ele faz falta aqui, mesmo sem eu saber como ele se encaixaria aqui depois que eu mudei tanto
como seria?  se ele estivesse aqui, como eu lidaria com ele, conversaria com ele?
realmente eu não sei, é muito estranho falar disso ...
enfim, final de ano pra mim não tem graça, me dá um sentimento de fim, de que algo está acabando e eu odeio finais ...  não me sinto bem com isso, e explica-se esse trauma ...
minha cabeça estranha quando absolutamente qualquer coisa, por menos que seja, acaba.
eu não gosto de perder as coisas, não gosto que acabem, nem que se planeje e não deem certo ...
sabe, eu acho que eu nunca consegui assimilar a perda do meu pai, não tive tempo ou espaço pra isso naquela época, eu precisava dar apoio pra minha mãe, ela só tinha a mim e de alguma forma eu passei a viver dessa maneira e acabei simplismente passando por isso sem perceber até!
se eu tivesse assimilado isso, talvez eu tivesse ficado extremamente mal, pra baixo, sem vontade nenhuma de continuar vivendo, ou algo assim, e sinceramente eu não fiquei assim  ...
mas hoje em dia eu fico assim aos poucos, entende?  tem dias que eu estou assim, não tão fortemente como eu ficaria  diante da morte dele, mas eu fico um pouco assim, sem vontade de continuar, sem algo em que se agarrar lá na frente ...
to assim agora, por isso estou escrevendo essas coisas, mas mais um fim de ano está aí, e mais uma vez tudo se desenha ser como sempre, sem graça, sem nada de novo, e com uma pontinha de decepção pelas coisas que tem acontecido na minha vida ...
ás vezes eu acredito muito nas coisas, nas pessoas, e acaba por não dar certo, fazer oq
eu é que devia me acostumar com isso né?
eu sinto vontade de fazer tudo diferente ao menos uma vez, mas pareca não haver força em lugar algum pra isso aqui, eu odeio isso, e aahh, não tem como explicar, é péssimo isso!
bom, eu quero e eu vou fazer diferente, seja como for, eu acho que vai dar tudo errado haha, mas eu vou fazer, não sei oq vou fazer mas eu vou fazer, e eu vou descobrir oq vai acontecer porque eu não aguento mais as mesmas coisas, do mesmo jeito, com o mesmo início, meio e fim de sempre !
mais uma vez eu comecei, mas diferente das outras vezes, dessa vez, eu vou terminar, e oq vier, seja bom ou ruim, será apenas consequência, e eu vou ter que pagar por isso, sem reclamar (y)
ah mais uma coisa:  eu odeio falar essas coisas, colocar isso pra fora assim, mas eu não consigo ficar com isso aqui dentro, eu sinto muita vontade de falar as coisas pra umas poucas pessoas, ou de falar algumas muitas coisas pra uma certa pessoa, mas é teenso, então eu coloco tudo aqui, pra não ter que encher ninguém com isso, nem ter que aguentar isso preso aqui dentro ...
enfim, chega disso né, que fique de lembrança apenas uma frase que eu gosto de dizer pra mim mesmo:  esse dia, como todos os outros, bons ou ruins, vai passar ...
então sendo bom, aproveite ao máximo, sendo ruim, espere, e vc verá que as coisas vão mudar ainda que tarde, mas no tempo determinado por Quem conhece melhor do que eu,, o TEMPO CERTO!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sabe ...

O ano está terminando e de todos os planos que eu tinha pra esse ano, não realizei quase nenhum! Bom, a princípio esta seria uma afirmação triste, afinal planos são feitos visando serem realizados, mas esse ano foi um tanto quanto surpreendente pra mim.
Esse ano eu aprendi a perder !  Talvez muita gente não entenda essa frase mas quem entende, sabe o porque dela.  Em 2010 eu compreendi melhor o significado de algumas palavras como saudade, solidão, depressão, amizade, esperança, fé ...
Muitas coisas aconteceram, situações novas, e eu tive que aprender a reagir a elas, mas foi tanta coisa boa neste ano, e é isso o que vai ficar guardado.
Hoje, a duas semanas do fim de mais um ano, eu tenho segurança pra falar que, apesar de tantas coisas complicadas, de dias tão difíceis, novos dias vieram, e trouxeram com eles nova vida, novos amigos, nova felicidade, nova esperança pra acordar cada dia e lutar por mais um dia feliz!
Eu costumo dizer o seguinte, em pensamento, a cada dia pela manhã:
Bom dia, hoje é dia 15 de dezembro de 2010. Hoje, é o dia mais feliz da minha vida!
Eu descobri que viver assim é bom, que é importante buscar motivos durante o dia, para que ele seja mesmo o dia mais feliz da minha vida, e que esses motivos não são coisas grandiosas como alguém gritando que me ama em um megafone, mas coisas simples como uma gentileza correspondida com um obrigado.
No primeiro dia de 2010 eu era uma pessoa, que supunha ter tudo de que precisava para ser feliz. No último dia, eu posso acreditar na mesma coisa, com uma diferença:
Motivos para acreditar nisso, agora sim eu tenho os mais reais deles, e certeza de que isso é sim, verdade, agora sim eu tenho, plena!
Em 2010 eu cresci muito, aprendi muito mesmo, fiquei mal, como eu nunca desejaria a ninguém ficar, e recomecei, como eu aconselharia a cada pessoa recomeçar um dia.
Foi difícil, nossa, como foi difícil! Alguns dias eu queria simplismente não ter acordado, não ter vivido, Nem tudo que eu vivi neste ano se aproveita, mas nem tudo foi perdido. Eu fiz tanta coisa que eu nem me lembro, coisas boas, dias felizes, dias de sol, e porque não, dias de chuva!
Eu me sinto bem, como eu nunca me senti, em paz.
Eu sei que Deus está aqui, onde Ele deve ficar pra sempre.
Eu sei que estou no caminho certo, e peço somente que Ele continue me guiando neste caminho, pois ele leva ao único lugar onde eu realmente desejo estar, bem pertinho desse Deus maravilhoso!
Obrigado Pai, por esses 365 dias de luta, de aprendizado, de vitória!
Obrigado pelo seu cuidado, sua segurança, seu abrigo, sua direção, por me carregar nos braços quando minhas forças me faltaram e por me devolver a vontade de viver!

Por cada segundo deste ano, simplismente, OBRIGADO!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cansei !

Cansei de tentar agradar todo mundo!
Percebi que não vale a pena.
Se eu agrado um, desagrado o outro
e se agrado os dois,
pra um deles eu estou mentindo,
isso quando não estou mentindo
para os dois!

Algumas vezes eu menti até pra mim mesmo,
fingindo que eu estava fazendo a coisa certa
e que estava tudo bem ...
Tudo isso pra que?
Pra, depois de um certo tempo,
tudo o que eu inventei cair por terra e
a verdade aparecer!
E olha que ela aparece porque a mentira
tem perna curta e só sabe andar para trás!

Cansei de correr atrás de sonhos e
de pessoas para realizá-los!
Cansei de tentar e não conseguir!
Cansei de falar e ninguém me ouvir!

Cansei de escutar palavras repetidas, frases ensaiadas
mentiras disfarçadas!
Cansei de escutar as pessoas falando da boca pra fora
sem, sequer, pensar!
Eu quero escutar as pessoas falando
do coração pra dentro, e cada vez mais alto!
Eu quero te ouvir dizer a verdade, sem medo,
sem voltas, sem esconder a boca!
Eu quero olhar no fundo dos teus olhos
e tirar conclusões do teu silêncio!

Cansei de falar o que você quer ouvir
e o que eu não quero dizer!
Cansei de te fazer acreditar que tudo é perfeito
e ter que aguentar a realidade sozinho!
Contos de fadas não existem e
a vida não se resume a vilões e mocinhos!
Você é o vilão e o mocinho, um de cada vez
e os dois ao mesmo tempo!

Assim é a vida, tudo fora do lugar!
Tudo se repete vez após vez, pessoa após pessoa, sempre!
Eu cansei de tudo isso e agora que você sabe de tudo,
quem sabe amanhã ou depois você também não se canse
e possa me ajudar a enfrentar a realidade ...

Por enquanto eu sigo sozinho, cansado,
mas sigo, até o fim ...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

meditações diárias'

10 de dezembro Sexta


Ninguém deve se sentir sozinho


E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo. 1 Coríntios 7:8

Após formar o homem do pó da terra e declarar que não seria bom ele ficar sozinho, Deus criou a mulher e instituiu o matrimônio. E abençoou-os dizendo: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a” (Gn 1:28). A terra estava vazia e era preciso povoá-la. E isso devia ser realizado através do casamento. Após o pecado de Adão e Eva, Deus lhes retratou um quadro sombrio de suas consequências: dor, separação, sofrimento e morte. Mas lhes deu um raio de esperança: prometeu-lhes um Libertador.

Assim, em todo o Antigo Testamento, o matrimônio e o nascimento de filhos foram encarados como sendo muito mais do que a união amorosa entre um homem e uma mulher. Era como que dar as mãos aos antepassados e continuar essa corrente rumo ao futuro, rumo ao Grande Libertador, o Messias. Permanecer solteiro era quebrar a corrente, era excluir-se da possibilidade de gerar o Libertador, era negar a fé. O celibato, nesse contexto, era considerado uma tragédia.

O apóstolo Paulo, porém, escreve depois da vinda do Messias. E abre a possibilidade de a pessoa permanecer solteira. Embora o casamento seja um dom de Deus, o cristão tem a liberdade de escolher o celibato se o desejar. E ambas as condições são aceitáveis aos olhos de Deus. A prioridade agora não é povoar a terra, mas pregar uma mensagem. E sem as responsabilidades familiares, o indivíduo solteiro pode ter mais liberdade para servir a Deus.

As pessoas sozinhas – solteiros, divorciados e viúvos – representam uma parcela significativa da igreja, que em alguns lugares gira em torno de 30 por cento. Se o solteiro deseja se casar, os irmãos podem lhe dar uma “mãozinha”, apresentando-lhe um possível candidato. Aqueles que não o desejam, não devem ser tratados como se possuíssem alguma anomalia. A igreja deve ser uma espécie de oásis, onde todos – solteiros, casados, descasados, viúvos – se sintam bem-vindos e amados. Ninguém, em nosso meio, deve se sentir sozinho e olhado com desconfiança. Ninguém deve ser discriminado, pois todos nós somos “filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus”. “Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3:26, 28).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

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9 de dezembro Quinta


À sombra do Onipotente


O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio. Salmo 91:1, 2

Durante os 40 anos em que esteve em Midiã, no norte da Arábia, apascentando os rebanhos de seu sogro Jetro, e também durante os 40 anos em que conduziu o povo de Israel, do Egito até perto da terra de Canaã, Moisés aprendeu a importância de descansar à sombra protetora de Deus.

Após tantos anos de experiência no deserto, não é de admirar que Moisés, seu provável autor, comece este salmo falando em sombra. E o que um homem do deserto mais deseja, depois de suportar, por horas a fio, o sol escaldante do deserto? Sombra e água fresca!

E assim, Moisés começa esse salmo com a imagem da sombra protetora. Um oásis no deserto pode oferecer sombra e refrigério. Mas a melhor sombra protetora a que um viajor exausto pode aspirar é a sombra do Onipotente.

Na Arábia, Moisés havia visto, repetidas vezes, os perigos aos quais as ovelhas se achavam constantemente expostas: animais predadores, bandos de ladrões, calor abrasador do deserto, tempestades de areia, vento cortante no inverno, perigo de caírem de um barranco, de ficarem presas entre espinheiros, de machucar-se em rochas nos caminhos pedregosos. Tudo isso exigia que o pastor estivesse sempre alerta.

Por causa desses e de outros perigos, Moisés logo aprendeu a localizar esconderijos naquela vasta região. Sabia a localização das rochas, de moitas e matagais que pudessem oferecer sombra, proteção e esconderijo às ovelhas. Sabia também que a ovelha que se afastasse do pastor e do rebanho tinha mais possibilidade de se perder, ser arrebatada por ladrões ou devorada por animais ferozes.

Após pastorear durante 40 anos as ovelhas de seu sogro, Moisés pastoreou durante outros 40 anos o povo de Israel. E durante esse segundo período pastoral – muito mais difícil do que o anterior, pois pastorear pessoas é mais difícil do que pastorear ovelhas – ele sentiu, muitas vezes, como é bom habitar no esconderijo do Altíssimo e descansar à sombra do Onipotente. Em outras palavras: confiar em Deus.

E esta é a verdade central do Salmo 91: Deus é digno de confiança, mesmo quando o perigo ameaça. Quem vive à sombra do Todo-poderoso está inteiramente seguro.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

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8 de dezembro Quarta


Pedras vivas


Vocês, também, como pedras vivas, deixem que Deus os use na construção de um templo espiritual onde vocês servirão como sacerdotes dedicados a Deus. 1 Pedro 2:5, NTLH

A Bíblia está cheia de pedras, do Gênesis ao Apocalipse. São 358 referências. Por que tanta pedra? Talvez porque o cenário da Bíblia é a Palestina, um lugar pedregoso por excelência.

Um agricultor, ao preparar a terra para o cultivo, precisava primeiramente limpá-la das pedras (Is. 5:2). Construíam-se muros de pedras para as vinhas (Pv 24:30, 31), colunas ou montões de pedras eram erigidos para comemorar acontecimentos importantes (Gn 28:18; 35:14), e para selar um tratado (Gn 31:46).

Além disso, usavam-se pedras para a construção de aquedutos, reservatórios e pontes. Um único bloco de pedra era utilizado para tapar a boca de um poço (Gn 29:2), para cobrir ou marcar sepulturas (Js 7:26; 2Sm 18:17), e como marcos indicadores ao longo das estradas. Salomão declarou que há tempo para tudo, inclusive de espalhar e de ajuntar pedras (Ec 3:5).

De todos os personagens bíblicos, Cristo é o que está mais ligado ao elemento pedra, tanto em seu aspecto literal como simbólico. As manjedouras encontradas nos sítios das antigas cidades do Oriente eram feitas de blocos de pedra escavados como gamelas, onde se colocava alimento para os animais. É provável que a manjedoura em que Cristo foi colocado fosse de pedra.

Trinta anos depois encontramos Cristo no deserto, preparando-Se para iniciar Seu ministério. E lá o diabo apresentou-se a Jesus, tentando-O a transformar pedras em pães. Satanás quis usar as pedras do deserto como pedras de tropeço contra Cristo. Mas como Cristo não tropeçou, Satanás usou este mesmo elemento na segunda tentação. Levou-O ao pináculo do templo e desafiou-O a lançar-Se dali abaixo, argumentando que os anjos O tomariam pelas mãos para que Ele não tropeçasse em alguma pedra.

Cristo é o fundamento sobre o qual a Sua igreja está construída. Ele é a pedra espiritual da qual os israelitas bebiam (1Co 10:4).

Pedras são minerais, e portanto não têm vida. Mas Cristo, pelo Seu poder, pode não apenas transformar pedras em pães, se o quiser, mas também pedras brutas em pedras vivas. E é isso que Ele quer fazer conosco: transformar-nos em pedras vivas em Sua casa espiritual, da qual Ele é a principal pedra de esquina.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

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7 de dezembro Terça


Fim de festa no palácio


Como foi tomada Babilônia, e apanhada de surpresa, a glória de toda a terra! Como se tornou Babilônia objeto de espanto entre as nações! Jeremias 51:41

Imagine uma festa para mil convidados, num salão de 17 por 53 metros. Vinho à vontade, belas mulheres, música ruidosa, alegria e sensualismo. Todos os políticos importantes estavam presentes. Assim foi a festa que o rei Belsazar ofereceu a mil dos seus grandes, na noite de 12 de outubro do ano 539 a.C. Mal imaginava Belsazar que aquela seria sua última festa.

Sob a influência do álcool, Belsazar manda trazer os vasos de ouro e de prata que Nabucodonosor havia tirado do templo de Jerusalém, “e beberam neles o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas” (Dn 5:3). “O rei queria provar que nada era demasiado sagrado para que suas mãos tocassem” (Profetas e Reis, p. 524).

Foi a gota d’água que fez transbordar a taça da paciência divina. Belsazar, além de profanar os vasos do templo de Jerusalém, profanou também o templo de seu próprio corpo. Mas, de repente, a orgia cessou. Príncipes, estadistas, concubinas e servos viram, com horror, a mão misteriosa escrevendo na parede do palácio, em caracteres brilhantes, algumas palavras desconhecidas. O rei ficou pálido de medo, os joelhos bateram um no outro e suas pernas ficaram bambas. Foi o fim da festa.

Ante a incompetência dos sábios do reino para decifrar a escrita, o profeta Daniel foi chamado, às pressas. Depois de relembrar assuntos familiares da vida de Nabucodonosor, Daniel fez o que ninguém mais teria coragem de fazer: repreendeu o rei por sua impiedade, dizendo: “Tu, Belsazar, que és seu filho, não humilhaste o teu coração, ainda que sabias tudo isto” (Dn 5:22). Em seguida leu e interpretou a escrita na parede, que não era outra coisa senão um aviso de Deus de que seu reino estava acabado.

Belsazar ainda estava no salão de festas quando foi informado de que a cidade havia sido tomada pelo inimigo. Ele foi morto naquela mesma noite, e Dario, o medo, ocupou o trono.

Deus fez de tudo para poupar Babilônia. “Queríamos curar Babilônia, ela, porém, não sarou” (Jr 51:9). O reino caldeu havia enchido a medida da misericórdia divina e o Céu decretou sua ruína. Assim será também com a Babilônia espiritual e com os indivíduos que rejeitarem persistentemente o Espírito Santo de Deus.

Arrependa-se, antes que a mão de Deus escreva, com letras de fogo, ao lado do seu nome, as terríveis palavras: “Pesado na balança e achado em falta” (Dn 5:27).

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

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6 de dezembro Segunda


A arte de repreender com brandura


Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Lucas 17:3

Lucas não esclarece como se deve repreender um irmão. Porém o apóstolo Paulo nos dá essa orientação: “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura” (Gl 6:1). Não é fácil corrigir com brandura, pois quem corrige geralmente está irritado com quem cometeu a falta, e se não tiver educação e domínio próprio poderá usar palavras ásperas e ofensivas, que talvez causem ressentimento por toda a vida.

São comuns as repreensões no âmbito do trabalho, no lar, nos esportes, e também na igreja. O conselho do apóstolo Paulo, de corrigir com espírito de brandura, se dirige, em primeiro plano, aos irmãos da igreja. Mas pode ser aplicado em qualquer esfera do relacionamento humano.

Cristo é nosso Modelo também quanto ao assunto da repreensão. Ele foi um grande repreensor: repreendeu fariseus, mercadores do Templo, Seus próprios discípulos, e até os demônios. Repreendeu o vento e o mar. Em alguns casos, Sua repreensão foi extremamente severa, como quando disse a Pedro: “Arreda, Satanás!” (Mt 16:23). Essas foram quase as mesmas palavras com que Cristo repeliu a Satanás no deserto (Mt 4:10). “As palavras de Cristo, no entanto, foram dirigidas não tanto ao discípulo, mas àquele que as havia instigado” (SDABC, v. 5, p. 434).

Repreender Satanás é diferente de repreender um irmão. Um irmão faltoso precisa ser corrigido com amor, visando sua restauração. Satanás não pode ser tratado com brandura, pois está além da possibilidade de recuperação.

Vejamos agora a maneira vigorosa como Cristo recusou o pedido da mãe de Tiago e João. Ela se aproximou de Jesus para pedir-Lhe um favor: “Manda que, no Teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à Tua direita, e o outro à Tua esquerda” (Mt 20:21). Jesus lhe disse que ela não sabia o que estava pedindo, e que não Lhe competia conceder tal coisa.

A mãe desses dois discípulos não ficou ressentida com essa recusa, pois Cristo sabia censurar alguém de tal maneira que Seu amor se irradiava através de Suas palavras. A prova de que ela não ficou ofendida é que, quando Cristo morreu, ela estava lá, junto à cruz, com as outras mulheres. Ela demonstrou humildade para aceitar uma repreensão feita com amor.

E este é o duplo recado que a Palavra de Deus nos deixa: corrigir com amor e aceitar a correção com humildade.

domingo, 5 de dezembro de 2010

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Domingo 5 de dezembro


Falta Pouco


Ele [Deus] revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com Ele mora a luz. Daniel 2:22

Daniel estava muito ansioso por causa da visão que recebera (Daniel 8:14). Queria entendê-la e pediu muito a Deus que lhe mostrasse o significado. O que seriam esses 2.300 dias? Quando começariam? O que aconteceria nesse grande período de tempo? Deus enviou o anjo Gabriel para dar-lhe a explicação (Daniel 9:24-27).

Os primeiros 490 anos começariam em 457 a.C., com a ordem para reconstruir Jerusalém, e iriam até 34 d.C., com a morte de Estêvão.

Essa conta final chega em 1844. E aí? Essa data lhe diz alguma coisa? Vou refrescar sua memória: Ela lembra Miller e a pregação da volta de Cristo. Esse foi o ano em que Cristo iniciou Seu ministério no lugar Santíssimo do Santuário Celestial. É aí que terminam os 2.300 dias e começa o período do tempo do fim, que se refere à setima igreja do Apocalipse: Laodiceia (Apocalipse 3:14-22). Esse foi o erro de Guilherme, ele achou que essa data marcava a volta de Cristo.

Estamos vivendo em tempos de expiação desde 1844. Jesus, nosso sumo sacerdote, está no lugar Santíssimo do Santuário Celestial, intercedendo por Seus filhos. Tem colocado diante do Pai Seu sangue a fim de nos libertar da culpa do pecado. O nome de cada um tem passado diante de Deus. Nosso destino, por fim, será resolvido. Só, então, Cristo virá. E aí todos os Seus filhos fiéis O estarão aguardando com grande alegria. De braços abertos, dirão: “Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos” (Isaías 25:9).

Falta pouco agora para que a mensagem de Guilherme Miller se cumpra. Jesus está às portas. Estamos preparados para abraçá-Lo?

sábado, 4 de dezembro de 2010

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4 de dezembro Sábado


Sábado – dia de trabalho


Mas Ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também. João 5:17

Um pastor, administrador de uma instituição, disse certa vez: “Trabalhamos aqui cinco dias por semana, e no sábado, quando os irmãos descansam, o nosso trabalho dobra.” Ele estava se referindo às muitas atividades pastorais exercidas na igreja, durante o dia de sábado, e que às vezes são mais cansativas do que o trabalho diário.

Quando os fariseus criticaram a Jesus por permitir que Seus discípulos colhessem espigas no sábado, um dos argumentos que Jesus usou foi: “Não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa?” (Mt 12:5). Ele estava Se referindo às atividades religiosas, executadas no templo, aos sábados, em que o trabalho do sacerdote também era dobrado: “No dia de sábado, oferecerás dois cordeiros de um ano, sem defeito, e duas décimas de um efa de flor de farinha, amassada com azeite, em oferta de manjares, e a sua libação” (Nm 28:9). Durante a semana, no sacrifício diário, era oferecido apenas um animal, mas no sábado o sacrifício era duplicado, com o oferecimento de dois cordeiros.

Imagine o trabalho que esses sacrifícios envolviam: manter o fogo aceso (bem mais complicado do que fazer isso hoje), matar e preparar os animais, colocá-los sobre o altar e uma porção de outras tarefas. Qualquer desses atos, se cometido por uma pessoa comum, seria transgressão da lei. Mas para o sacerdote isso era lícito, pois tratava-se de um trabalho espiritual que precisava ser realizado no templo.

Nas curas que Jesus efetuou no sábado, Ele procurou ensinar que “é lícito, nos sábados, fazer o bem” (Mt 12:12). Se uma ovelha cair numa cova no dia de sábado, é lícito tirá-la de lá. E a conclusão de Cristo era irrespondível: “Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha?”

Portanto, é lícito no dia de sábado praticar obras de caridade, que minorem a dor do próximo. É também um dia muito apropriado para se levar cura espiritual a alguém, dando-lhe estudos bíblicos, explicando-lhe as Escrituras e a vontade de Deus. É licito ainda visitar doentes, ir a asilos, orfanatos, ou a qualquer outro lugar em que possamos confortar alguém e partilhar a esperança da vida eterna.

A carpintaria de Jesus ficava fechada aos sábados. Mas Ele era visto nesse dia na sinagoga, lendo as Escrituras e interpretando-as. Também era visto nas ruas levando cura física e espiritual a quem delas precisasse. Por tais atos, Jesus demonstrou o verdadeiro espírito que deve permear a observância do sábado.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

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3 de dezembro Sexta


Chamado pelo nome


Não temas, porque Eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és Meu. Isaías 43:1

“Presente!” é a palavra que o aluno deve responder ao ouvir seu nome chamado pelo professor, antes de começar a aula.
Lembro-me de um professor de teologia, o qual, após a oração, feita por um aluno, iniciava a chamada. Como alguns começassem a conversar, ele parava e dizia: “Vamos cultivar o hábito de não conversar após a oração, senão o inimigo tira proveito disso. Sei que não o fazem por má intenção, mas, como professor, preciso dar o som certo na buzina.” A classe então fazia silêncio e ele retomava a chamada.

Muitos anos atrás um grupo de cristãos norte-americanos foi visitar a Nicarágua, devastada pela guerra entre os sandinistas e os contras. Enquanto estavam lá, um jovem do grupo foi morto pelos contras. No domingo seguinte foi realizada uma Santa Ceia, durante a qual houve uma pausa. A congregação estava em silêncio. Então alguém pronunciou um nome em voz alta. Todos responderam: “Presente!” Durante a cerimônia pelo menos vinte nomes foram chamados e de cada vez houve a mesma resposta coletiva: “Presente!”

O pastor que liderava esse grupo de cristãos não entendeu o que estava acontecendo até que ouviu o nome de Oscar Romero. Então ele percebeu que todos esses nomes eram de pessoas que haviam morrido durante a guerra civil. Ao responderem “presente” aqueles irmãos estavam homenageando os falecidos e declarando que a presença e a influência deles ainda era sentida.

O coro do hino 434 do Hinário Adventista diz: “Quando for então chamado, aprovado hei de estar perante o Rei.”

Em algumas instituições, os indivíduos são chamados por um número. Mas ser chamado pelo nome é uma prova de consideração e respeito. A Bíblia diz que Deus chamou a Bezalel e a Moisés pelo nome (Êx 31:2; 33:12, 17) quando os escolheu para realizarem uma obra especial. “Jesus nos conhece individualmente, e comove-Se ante nossas fraquezas. Conhece-nos a todos por nome. Sabe até a casa em que moramos, o nome de cada um dos moradores. Tem, por vezes, dado instruções a Seus servos para irem a determinada rua, em certa cidade, a uma casa designada, a fim de encontrar uma de Suas ovelhas” (O Desejado de Todas as Nações, p. 479).

Deus nos remiu. Ele nos chamou pelo nome. Agora somos dEle. Não há o que temer.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

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2 de dezembro Quinta


Um homem bom


E enviaram Barnabé até Antioquia. Porque era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Atos 11:22, 24

Os homens mais valorizados por nossa sociedade, especialmente pelas empresas, são os homens dinâmicos, inteligentes, criativos, agressivos, competitivos, capazes de aniquilar os concorrentes. E se um homem tiver todas essas qualidades, especialmente a última, ele não poderá ser bom. Terá de ser impiedoso, porque este é geralmente o preço do sucesso. Ser bom, hoje em dia, é quase sinônimo de ser fraco. No reino de Deus, porém, os valores são outros.

Certo dia, um jovem rico aproximou-se de Cristo e, querendo agradá-Lo, ajoelhou-se e Lhe perguntou: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Respondeu-lhe Jesus: Por que Me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus” (Mc 10:17, 18).

À primeira vista, pode-se ter a impressão de que Jesus não Se considerava bom. Mas não é isso, pois noutra ocasião Jesus afirmou ser “o bom pastor” (Jo 10:11, 14). É que esse tipo de saudação não era comum entre os judeus. A Mishnah (lei oral dos judeus) se refere a Deus como “Aquele que é bom e concede o que é bom”. Jesus, portanto, corrigiu o jovem como que lhe dizendo: “Cuidado com os elogios. Não chame de bom a qualquer um, indiscriminadamente.”

Mas Lucas, autor do livro de Atos, diz que Barnabé “era homem bom”. Por quê? O que é que ele tinha de bom? Não foi esse mesmo Barnabé que algum tempo depois teve uma tal desavença com Paulo, que vieram a separar-se? (At 15:39). Será que ele era bom mesmo? Vejamos os fatos:

Barnabé era dono de um campo e “vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos” (At 4:37). Ele, portanto, tinha desprendimento, acreditava na mensagem de Cristo, e estava disposto a utilizar seus recursos para promover o reino de Deus na terra.

Ele entrou novamente em cena quando o apóstolo Paulo visitou Jerusalém três anos após sua conversão e procurou juntar-se aos discípulos, mas eles ficaram com medo. Então Barnabé interferiu e o levou aos apóstolos, narrando a conversão dele no caminho de Damasco. Ele acreditou que Paulo era agora um homem convertido. Quem é bom acredita nas pessoas.

Barnabé era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Você não gostaria de ser conhecido por essas qualidades?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

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1º de dezembro Quarta


A última chance do governador


Dissertando ele acerca da justiça, do domínio próprio e do juízo vindouro, ficou Félix amedrontado e disse: Por agora, podes retirar-te, e, quando eu tiver vagar, chamar-te-ei. Atos 24:25

O apóstolo Paulo havia sido preso em Jerusalém e enviado a Cesaréia, onde ficava o centro do governo romano da Judéia, presidido por Félix. Um dia o governador e sua esposa Drusila o mandaram chamar para poderem ouvi-lo “a respeito da fé em Cristo Jesus” (v. 24).

E assim Paulo compareceu diante de Félix, um homem ambicioso, cruel e sensual. A seu lado estava a bela judia Drusila, que se casara anteriormente com um gentio, que, para agradá-la, havia se tornado judeu.

O sermão de Paulo versou sobre três temas: justiça, domínio próprio e juízo vindouro. Ao ouvir Paulo pregar sobre a justiça, Félix deve ter pensado nos subornos que havia pago e recebido e em todas as injustiças que cometera.

Félix e Drusila ainda não haviam se recuperado de seu assombro, quando Paulo aborda o tema do domínio próprio. Os dois empalideceram, ao sentir a consciência apontar-lhes o dedo, como a dizer: “Isto é para vocês!” Drusila devia estar pensando no marido que abandonara, e em sua união ilícita com Félix.

Paulo chegou então ao ponto culminante de seu sermão: o juízo vindouro. E afirmou ao orgulhoso casal que esta vida não é tudo. Que embora um homem possua ricas vestes, mulheres, vinhos, carruagens e residências elegantes, ele terá de comparecer um dia perante o tribunal de Cristo.

Paulo fez com que Félix vislumbrasse esse tribunal, e ao vê-lo, Félix tremeu, amedrontado. Que tremendo impacto causara essa pregação! Infelizmente, porém, este foi um sermão perdido, porque Félix tremeu, mas não se arrependeu. Antes, interrompeu o sermão de Paulo dizendo: “Agora pode ir. Quando eu puder, chamarei você de novo.” E assim Paulo voltou para a sua cela e Félix para sua vida de impiedade.

“Havia sido permitido que um raio de luz do Céu brilhasse sobre Félix, quando Paulo arrazoou com ele a respeito da justiça, temperança e juízo vindouro. Esta foi a oportunidade que o Céu lhe enviara para que visse seus pecados e os abandonasse. Mas dissera ao mensageiro de Deus: ‘Por agora vai-te [...]’ (At 24:25). Menosprezara a última oferta de misericórdia. Nunca mais deveria receber outro convite de Deus” (Atos dos Apóstolos, p. 427).

Félix foi uma vítima do amanhã. Dizer “amanhã” quando Deus diz “hoje” pode significar “adeus para sempre”.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

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30 de novembro Terça


Sonhos e visões


E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do Meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos. Atos 2:17

As Escrituras Sagradas fornecem inúmeros exemplos de que Deus Se comunica com os homens através de sonhos e visões (Nm 12:6). Entretanto, a Bíblia ensina claramente que nem todos os sonhos são de origem divina e Deus deu instruções específicas para que os falsos sonhos sejam descobertos e os falsos sonhadores desmascarados (Dt 13:1-5). Nos tempos de Moisés, o falso profeta ou sonhador que induzisse o povo à idolatria devia ser morto (v. 5).

O simples cumprimento de um sonho não deve ser aceito como prova exclusiva de que ele procede de Deus. É absolutamente necessário que ele esteja em harmonia com as verdades previamente reveladas (Is 8:19, 20). Ellen White cita o seguinte exemplo:

“Em um lugar, quatro pessoas de uma família pretendiam ter comunicações do Senhor, reprovando o erro, e prediziam coisas que na verdade aconteceram. Isso inspirou confiança neles. Mas as coisas que não aconteceram foram conservadas em trevas, ou tratadas como algo misterioso, que seria compreendido posteriormente. De onde recebiam esses sua inspiração? – De instrumentos satânicos, que são muitos” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 76, 77).

Ellen White também descreve como Satanás muitas vezes tentou enganá-la e a seu marido com falsas mensagens: ”Falsos caminhos têm-nos sido tantas vezes indicados [...] Temos tido de exercitar intensamente toda faculdade mental, confiando na sabedoria de Deus [...] a fim de não sermos enganados nem enganarmos outros” (ibid., p. 75).

Deus prometeu derramar Seu Espírito abundantemente sobre todos, homens e mulheres, jovens e velhos, antes da vinda de Cristo. É a chamada “Chuva Serôdia”, que será muito mais copiosa do que a Chuva Temporã, derramada no Pentecostes. Mas é preciso estar atento, pois Satanás também operará com toda a sua força e influência através de “milagres inacreditáveis, tais como fazer cair fogo do céu diante dos olhos de todo o mundo” (Ap 13:13, BV).

Com sinais e maravilhas de Deus de um lado e prodígios de Satanás de outro, cada pessoa precisará decidir em quem acreditar. Aqueles que estiverem bem fundamentados na Palavra de Deus não serão enganados.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

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29 de novembro Segunda


Vítima de abuso emocional


O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que Me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-Me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos. Lucas 4:18

Amália foi vítima de abuso por parte do marido – um membro respeitado da igreja. Mesmo depois que seu casamento terminou, a tortura emocional continuou, afetando profundamente sua própria identidade.

O que ela não sabia é que os maridos que abusam da esposa nem sempre são grosseiros, sem educação ou descorteses. Externamente eles podem até parecer “espirituais”, dedicados, amistosos e afetivos. Enfim, aquele tipo que Jesus chamou de “sepulcros caiados” (Mt 23:27). Isto torna extremamente difícil que a vítima de abuso seja levada a sério ao se queixar.

O marido de Amália não recorria à violência física, mas tinha controle total sobre ela. Eis seu desabafo: “Respondia perguntas dirigidas a mim, vigiava meus telefonemas, selecionava os amigos e membros aceitáveis de minha família, decidia como gastar o meu salário e escondia as chaves do meu carro, de modo que eu só podia dirigir quando ele permitisse. Ele me tornou totalmente dependente dele.”

Finalmente, Amália adquiriu coragem para falar com o seu pastor. E quando a situação chega a esse ponto é porque o abuso já se tornou crônico. Mas como o seu marido era membro ativo da igreja, e ela estava fazendo tratamento para depressão, a conclusão “óbvia” a que todos chegavam é que ela é quem não conseguia manter um relacionamento conjugal saudável. Ao perceber que não teria auxílio dos membros da igreja, e que muitos líderes tomaram o partido do marido, ela procurou e encontrou apoio em outros amigos e nas palavras de Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre Mim, pelo que Me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-Me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos.”

Amália conclui seu relato dizendo: “Jesus está gradualmente completando esta obra em minha vida. É uma jornada profundamente pessoal, do cativeiro de espírito para a liberdade. Preciso constantemente examinar meu coração e aprender a perdoar sem que me peçam perdão ou admitam que erraram. Mas Deus me deu alegria e forças” (Ministry, novembro de 2008, p. 20, 21).

domingo, 28 de novembro de 2010

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28 de novembro Domingo


Desvendando o mistério de Romanos 8:28


Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito. Romanos 8:28

Ao explorar atentamente Romanos 8:28, Jeris Bragan entendeu que havia três itens a serem abordados: (1) Eu me enquadro nos planos de Deus? (2) Eu realmente amo a Deus? (3) Haveria algo de “bom” em minha situação?

Embora não soubesse os detalhes dos planos de Deus para sua vida, ele estava disposto a se enquadrar. Em segundo lugar, ele tinha tanta certeza de que amava a Deus como à sua própria família.

O terceiro item é que era o problema. Ele reconhecia que Deus havia abençoado sua vida de várias maneiras. Mas isso era tudo? Ele sentia que havia algo mais, mas não conseguia descobrir o que era.

Vários meses se passaram até que ele pudesse se debruçar sobre os problemas filosóficos e teológicos que Romanos 8:28 lhe apresentavam. Mas o mistério só começou a ser solucionado quando ele ligou o verso 28 com o 29: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”

Ele leu o texto dezenas de vezes antes que o seu significado finalmente quebrasse suas ideias preconcebidas sobre como Deus faria as coisas cooperarem para o seu bem. Ele queria que esse “bem” fosse do seu jeito. O bem seria sua libertação da prisão, a recuperação do seu nome, o direito de estar com a família e os amigos, a oportunidade de trabalhar e escrever num ambiente sem estresse. Esse seria o bem máximo.

“Mas Deus vê o nosso bem maior em termos radicalmente diferentes. Parafraseando o texto, seria assim: ‘Todas as coisas – o bom, o mau e o feio – cooperam, pela graça de Deus, para o propósito supremo de nos tornar semelhantes a Jesus’” (Advent Review, 12/08/1993, p. 10).

Ser semelhante a Jesus pode significar participar de Seus sofrimentos (Rm 8:17), e é muito mais fácil falar sobre isso do que viver a experiência. Jeris Bragan afirma que “as pessoas mais semelhantes a Cristo que ele conheceu foram as que sofreram profundamente. Elas são testemunhas vivas da bondade de Deus, mesmo em meio à fornalha da adversidade”.

sábado, 27 de novembro de 2010

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27 de novembro Sábado


Todas as coisas cooperam para o bem?


Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito. Romanos 8:28

Em 1977 um detetive adventista chamado Jeris Bragan, foi condenado a 99 anos de prisão, no Estado do Tennessee, EUA, acusado de homicídio qualificado. Devido às muitas irregularidades que houve no processo, ele foi libertado após cumprir 15 anos. Durante seu aprisionamento ele testemunhou os “casos mais absurdos de selvageria humana naquele zoológico humano, inclusive 29 assassinatos”.

Embora não acreditasse que Deus fosse interferir no abuso que as pessoas cometem umas contra as outras, ele tinha esperança de que Deus ouvisse suas orações para ser libertado, pois se considerava inocente das acusações. Ao caminhar pelo pátio da prisão, um texto bíblico aflorou à sua mente com insistência: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. Muitas vezes ele havia confortado amigos que estavam passando por dificuldades, citando essa promessa. Mas agora essa promessa tinha um sabor amargo para ele. Ele não conseguia compreender como, em todas as coisas, Deus estava operando para o seu bem.

Ele pensou: “É em tempos de intenso sofrimento que as nossas brilhantes ideias religiosas são postas à prova. É nessas ocasiões que nos lembramos dos sermões que ouvimos sobre como Deus ouve as orações. Sentados confortavelmente nos bancos da igreja, vemos com clareza como “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.

“Mas quando você é demitido de seu emprego, não recebe a promoção que merecia, sofre com falsos boatos, é traído por seu cônjuge, vê seu filho enveredar pelo caminho das drogas, você continua confiante de que todas as coisas estão cooperando para o seu bem? Estas são perguntas difíceis que provam nossa fé em Deus.”

Em tais momentos de perplexidade é bom estudar “a história de José e de Daniel. O Senhor não impediu as armadilhas dos homens que procuravam fazer-lhes mal; mas conduziu todos os planos para o bem de Seus servos, que no meio de provas e lutas mantiveram sua fé e lealdade” (A Ciência do Bom Viver, p. 487).

Jeris não sabia quais eram as respostas para as suas perguntas, mas estava decidido a desvendar o mistério de Romanos 8:28.

Leia, amanhã, o que ele conseguiu descobrir.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

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26 de novembro Sexta


Responsável ou fiscal?


Então o Senhor perguntou a Caim:“Onde está seu irmão Abel?” Respondeu ele: “Não sei; sou eu o responsável por meu irmão?” Gênesis 4:9, NVI

Um dia, um pastor abordou um membro da igreja dizendo que precisava conversar com ele e a esposa, juntos. A visita foi marcada e, num domingo de manhã, o pastor compareceu à casa deles.

Sem muitos rodeios, o pastor foi logo dizendo que havia visto a senhora no centro da cidade, e que, segundo seu critério, ela não estava vestida de maneira apropriada, e pedia sua colaboração. A irmã, indignada com o que lhe pareceu uma intromissão em sua vida particular, se retirou da sala, deixando o marido e o pastor falando sozinhos. Esse episódio somou-se a outros fatores, e, finalmente, ela deixou a igreja.

Somos nós, tanto pastores como membros, responsáveis por nosso irmão? Sem dúvida. Mas, ser guardador, tutor ou responsável é uma coisa. Ser fiscal é outra bem diferente. No entanto, há pessoas na igreja tão preocupadas em fiscalizar a vida dos irmãos, com a justificativa de “preservar o bom nome da igreja”, que acabam interferindo na liberdade de consciência que Deus deu a cada um.

No tempo de Cristo esse controle social já existia, e Ele próprio foi vítima dos “zelosos da lei”, mas não tão zelosos no amor, que O acusaram de ser “glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores” (Lc 7:34). E quando Cristo curou um paralítico no sábado, os fiscais, zelosos das normas, imediatamente advertiram o que fora curado, dizendo-lhe: “Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito” (Jo 5:10).

Em outro sábado, os discípulos, com fome, entraram numa seara, colheram espigas e as comeram. Novamente, os “representantes da lei” reclamaram para Jesus que os Seus discípulos faziam “o que não é lícito fazer em dia de sábado” (Mt 12:2). Além disso, eles foram também acusados de não lavar as mãos quando comiam (Mt 15:2). Acontece que aqueles acusadores eram réus de coisas muito piores, como Cristo deixou claro nos versículos seguintes.

A igreja tem normas a seguir? É claro que sim. Mas “em questões de consciência, a alma deve ser deixada livre. Ninguém deve controlar o espírito de outro, julgar por outro, ou prescrever-lhe o dever. Deus dá a toda alma liberdade de pensar, e seguir suas próprias convicções” (O Desejado de Todas as Nações, p. 550).

“Cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14:12). Por isso, ninguém deve se intrometer naquilo que tem que ver com a consciência alheia.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

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25 de novembro Quinta


Gratidão pelas pulgas


Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. 1 Tessalonicenses 5:18

Corrie ten Boom foi uma holandesa que ajudou a salvar a vida de muitos judeus escondendo-os dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Sua família, porém, foi denunciada por um informante holandês e presa no dia 28 de fevereiro de 1944. O pai de Corrie morreu dez dias após a prisão.

Ela e a irmã Betsie foram enviadas a Ravensbrück, o campo de extermínio de mulheres, na Alemanha. Elas conseguiram levar uma Bíblia escondida para o alojamento nº 28, que estava cheio de pulgas. Ficaram admiradas pelo fato de gozarem maior liberdade ali do que em outros alojamentos, e por isso realizavam cultos com outras prisioneiras sem serem incomodadas. Um dia, ao lerem o verso acima, Betsie disse: “Corrie, precisamos dar graças pelas pulgas também, pois esse texto não diz que devemos dar graças só nas situações agradáveis. As pulgas fazem parte deste lugar em que Deus nos colocou.”

Relutantemente a irmã deu graças por aqueles insetos incômodos, certa de que Betsie desta vez exagerara na dose. Mas um dia elas entenderam por que podiam ficar mais à vontade no alojamento nº 28: é que os guardas e as supervisoras não entravam ali por causa das pulgas! O que parecia ser uma maldição se tornara uma bênção para elas. Portanto, devemos dar graças até pelas aparentes desgraças.

A gratidão é uma das mais nobres virtudes que caracterizam a vida cristã. Entretanto, são poucos os que a cultivam. A maioria é capaz de, por anos a fio, lembrar-se de uma pequena ofensa. Mas se esquece de um favor muito facilmente.

O Dr. Samuel Leibowitz, famoso advogado criminalista nos Estados Unidos, salvou 78 homens da cadeira elétrica. Quantos desses homens voltaram para lhe agradecer ou, ao menos, se deram ao trabalho de enviar-lhe um cartão de Natal? Nenhum!

Certa vez, Jesus curou dez leprosos. Apenas um voltou para agradecer-Lhe. Cristo, então, Se voltou para ele e perguntou: “Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?” (Lc 17:17).

A gratidão requer grandeza de alma, e essa é uma virtude que poucos possuem. Temos muito a agradecer ao Pai celeste. Vamos cultivar essa virtude não só hoje, que é Dia de Ação de Graças, mas todos os dias.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

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24 de novembro Quarta


Idolatrar a si mesmo


Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. 1 João 5:21

Parece não haver dúvida de que o apóstolo João escreveu sua primeira epístola da cidade de Éfeso, por volta do ano 90 d.C. Éfeso era famosa por seus ídolos. Ali estava o templo da deusa Diana, que era uma das maravilhas do mundo e cuja fabricação de imagens movimentava a economia local. Mas acima da idolatria popular, havia muitos que praticavam artes mágicas. Além disso, alí o gnosticismo e o dualismo desfrutavam de prestígio, e era ensinada a doutrina dos nicolaítas (Ap 2:6).

Cercados por semelhante ambiente, os “filhinhos” de João não podiam viver em Éfeso sem estar em constante contato com a idolatria em suas várias formas, bem como com doutrinas espúrias. Assim, a interpretação literal desses ídolos aos quais o apóstolo João se refere tem o seu lugar.

Mas, com certeza, a aplicação da advertência de João vai muito além disso, pois a essência da idolatria é dar a outro o amor, reverência e devoção que devem ser dedicados exclusivamente a Deus. Muitos fazem das riquezas o seu deus. E Paulo diz que a avareza é idolatria (Cl 3:5). Outros vivem para o prazer, ou idolatram o poder, a honra, a fama.

Não é muito difícil abster-se de adorar deuses mortos, mas é preciso cuidar para não adorar deuses vivos, como um parente, amigo, a esposa, o marido ou filho. E o pior de tudo é quando alguém faz de si mesmo um ídolo. Este é um pecado que desonra e insulta a Deus de modo especial, pois Deus diz: “A Minha glória, pois, não a darei a outrem” (Is 42:8).

Ao que tudo indica, esta era a principal preocupação do apóstolo João, ao pedir que nos guardássemos dos ídolos. A maioria dos intérpretes dessa primeira epístola de João acredita que ela foi escrita a uma igreja dividida em torno da natureza de Cristo e normas eclesiásticas. A disputa foi tão séria que alguns membros saíram da igreja (1Jo 2:19; 4:5).

“Aparentemente o apóstolo concluiu que os indivíduos que abandonaram sua congregação haviam se tornado seus próprios ídolos. O individualismo sem a comunidade se torna um ídolo!” (Niels-Erik Andreasen).

Podemos ser filhos de Deus quando colocamos o eu acima de tudo? Deus é nosso Pai e Ele deseja que vivamos em comunhão, nada fazendo “por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp 2:3).

terça-feira, 23 de novembro de 2010

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23 de novembro Terça


Beijo ou aperto de mão?


Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Romanos 16:16

Quando estive na igreja adventista de Valença, no sul da França, notei muito calor humano à saída. Todos se cumprimentavam, ou com um aperto de mão ou com abraços e beijos – mulheres com mulheres, homens com homens e também entre homens e mulheres. Ninguém é ignorado.

O Brasil é o país do “beijinho beijinho”, antes praticado apenas entre as mulheres, e agora generalizado entre homens e mulheres também. Muitas de nossas igrejas já o adotaram também, embora não seja uma prática oficial, pois é preciso respeitar sempre as variações culturais de cada lugar. O “beijo santo” da igreja apostólica, com o passar do tempo foi substituído pelo abraço, pelo sorriso e por um caloroso aperto de mão.

O pastor George Knight conta que estava cumprimentando os irmãos à saída da igreja, quando uma senhora o agarrou e lhe deu um beijo nos lábios. Ele considerou esse beijo uma perversão do ósculo santo, que “devia ser dado na face, ou na testa, ou na barba, ou nas mãos, ou nos pés, mas nunca nos lábios” (SDA Bible Commentary, v. 6, p. 818).

O ósculo era uma maneira comum de saudação no oriente (ver Gn 29:11, 33:4), e ao que tudo indica era também um sinal de homenagem entre os israelitas (1Sm 10:1), muito antes de existir o cristianismo. Esse costume passou à igreja primitiva, não só como saudação, mas também como parte da liturgia. Justino Mártir relata que o ósculo santo era usado nas despedidas e também na celebração da Ceia do Senhor. Na Igreja Ortodoxa Grega essa prática é preservada até hoje, nas festividades religiosas.

É interessante notar como a expressão “ósculo santo” aparece nas várias versões bíblicas. A Nova Versão Internacional utiliza a expressão “beijo santo”. A Nova Tradução na Linguagem de Hoje usa “beijo de irmão”. E a Bíblia Viva não traduz, mas adapta a expressão para “apertos de mão”.

Em nossas igrejas, seja qual for o tipo de saudação – abraço, beijo ou aperto de mão – o importante é cumprimentar os irmãos. Não há nada pior do que entrar e sair de uma igreja e não ser saudado por ninguém, o que denota frieza e indiferença. Quem é tratado assim não se sente encorajado a retornar.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

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22 de novembro Segunda


O amigo do peito de Jesus


Ora, ali estava conchegado a Jesus um dos Seus discípulos, aquele a quem Ele amava. João 13:23

O discípulo a quem Jesus amava não é identificado pelo nome. Por isso, alguns pensam que se tratasse de Lázaro, pois é dito que Jesus o amava (Jo 11:36). Outros imaginam que fosse o jovem rico, porque Marcos afirma que Jesus o amou (Mc 10:21). E há quem pense se tratar de algum discípulo desconhecido, que era tão chegado a Jesus como um filho. Mas é opinião generalizada de que esse discípulo amado não era outro senão João.

Estar “conchegado” a Jesus significa literalmente estar reclinado sobre Seu peito, pois os judeus não se assentavam à mesa – eles se reclinavam à mesa, que era “um bloco sólido e baixo com almofadas ao seu redor e tinha o formato de um U. O lugar de honra estava no centro. Os hóspedes se reclinavam com o cotovelo esquerdo sobre a mesa, ficando com a mão direita livre para manusear o alimento. Sentados dessa maneira, a cabeça de um homem ficava literalmente sobre o peito daquele que estava à sua esquerda. Jesus estava sentado ao centro. O discípulo a quem Ele amava devia estar à Sua direita, com o cotovelo esquerdo apoiado na mesa e a cabeça junto ao peito de Jesus” (William Barclay, The Gospel of John, v. 2, p. 168).

Por que é que João se refere a si mesmo de maneira indireta? Seria por modéstia? Ou ao se declarar “o discípulo amado” (Jo 19:26) ele estaria justamente se demonstrando imodesto? Por que não se identifica dizendo: “Eu sou João, filho de Zebedeu e Salomé”? Por que não diz: “Eu sou um discípulo, apóstolo, evangelista, autor de um dos evangelhos”, e sim, “eu sou o discípulo amado”, ou “aquele a quem Ele ama”? Se você se identificasse como “o filho predileto dos seus pais”, ou como “o funcionário de quem o gerente mais gosta”, isso pareceria modéstia ou arrogância? Soa mais como arrogância, não é mesmo?

João, porém, tinha certeza de sua intimidade com o Mestre. Jesus o apreciava desde o tempo em que o chamara de “filho do trovão” (Mc 3:17). E agora o amava ainda mais, visto que esse discípulo havia crescido e que a imagem divina resplandecia em seu caráter.

Cada um de nós pode reclinar-se ao peito de Jesus, confiar-Lhe seus segredos e dizer com sinceridade: “Eu sou amigo do peito de Jesus”. Isso não é imodéstia ou orgulho, mas certeza de ser amigo íntimo do Salvador.

domingo, 21 de novembro de 2010

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21 de novembro Domingo


Ellen White em seu contexto


Porque é preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali. Isaías 28:10

Há certas declarações da Sra. White que, se forem tiradas de seu contexto histórico, negligenciando-se o tempo e as circunstâncias em que foram escritas, trarão dificuldades aos leitores atuais. Um exemplo deste fato é o seguinte:

“Quando eu estava na Suíça, veio-me de Battle Creek, a notícia de que se elaborara um plano segundo o qual ninguém que trabalhasse no escritório ganhasse mais de doze dólares por semana. Disse eu: Isto não vai dar certo; alguns terão necessidade de receber mais do que isso. Mas o dobro desta importância não deve ser dada a homem algum que trabalhe no escritório” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 192).

Imaginem aplicar essa declaração literalmente aos tempos de hoje. Todos os que trabalham nos escritórios teriam de viver com menos de 48 dólares por mês!

Em 1893 a Sra. White enviou a seguinte mensagem à sessão da Associação Geral, que estava tendo lugar: “Nem um entre vinte dos nomes que se acham registrados nos livros da igreja, está preparado para finalizar sua história terrestre” (Serviço Cristão, p. 41).

De vez em quando, um pregador bem intencionado cita esse texto, na tentativa de levar a igreja ao reavivamento pelo caminho do temor. Entretanto, “esta declaração precisa ser entendida como sendo aplicável à situação em 1893, na ocasião em que a mensagem foi apresentada. Foi dada para despertar a igreja e levar a uma mudança de condições, de modo que uma porcentagem maior de pessoas estivesse preparada para encontrar-se com o Senhor. A aplicação desta declaração em rigoroso detalhe hoje, seria entender mal o objetivo por que os Testemunhos foram dados” (Compreehensive Index to the Writings of Ellen G. White, v. 3, p. 3215).

Além disso, é preciso levar em consideração que Ellen White muitas vezes usava números redondos, hiperbólicos. Ela utiliza pelos menos cinco vezes a proporção 1 para 20, e pelo menos vinte e uma vezes a expressão 1 para 100.

A condenação aos casamentos mistos, bicicletas, o uso de aliança, calças compridas para mulheres, consumo de queijo, ovos, carne, estudo de psicologia, uso de drogas, perucas, cosméticos, seguros de vida e outros assuntos devem também ser considerados respeitando-se o tempo e as circunstâncias.

O excessivo apego à letra se revela pernicioso à igreja quando não se distingue uma norma de um princípio.

sábado, 20 de novembro de 2010

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20 de novembro Sábado


Ainda precisamos do dom profético?


Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos Seus profetas e prosperareis. 2 Crônicas 20:20

O cânon bíblico foi encerrado há quase dois mil anos. Nada mais pode ser acrescentado nem retirado. E os adventistas do sétimo dia apoiam o princípio dos reformadores de que a Bíblia, e somente a Bíblia, é a nossa única regra de fé e prática. Nesse caso, que lugar ocupa o dom profético manifestado no ministério de Ellen G. White? Seria ele um acréscimo ao cânon sagrado?

Definitivamente não. “Os escritos de Ellen White não constituem um substitutivo para a Bíblia. Não podem ser colocados no mesmo nível. [...] Ellen White considerava seus escritos como um guia para a compreensão mais clara da Bíblia” (Nisto Cremos, p. 305, 306).

O apóstolo Paulo declarou que o dom de profecia, bem como outros dons espirituais, surgiriam na igreja cristã “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus” (Ef 4:13). Como a igreja ainda não alcançou essa experiência, a conclusão óbvia é a de que ainda precisamos desse dom. Os dons do Espírito, “incluindo o dom de profecia, continuarão a operar em benefício do povo de Deus até o retorno de Cristo” (ibid., p. 294).

Consequentemente, não se pode descartar o dom profético concedido à igreja remanescente com base no princípio Sola Scriptura (Só a Escritura), pois o surgimento desse dom nos últimos dias é justamente a confirmação do que dizem as Escrituras (ver Jl 2:28, 29; Rm 12:6-8; 1Co 12:7-11, 28; 14:1-4).

É graças a esse dom que a igreja adventista não se desintegrou durante os períodos de crise que enfrentou, como no debate sobre justificação pela fé, em 1888, quando os jovens A. T. Jones e E. J. Waggoner se opuseram aos poderosos líderes da igreja, G. I. Butler (presidente da Associação Geral) e Uriah Smith (secretário da Associação Geral e editor da Review and Herald). Se você fosse Ellen White, de que lado ficaria? Qual seria o lado mais conveniente?

Mas, graças a Deus, ela ficou do lado da verdade, e hoje os teólogos adventistas suspiram de alívio ao relembrar a posição que ela tomou. E assim tem sido, não só nos períodos de crise, mas durante os 70 anos de seu ministério profético, em que ela orientou a igreja em praticamente todos os assuntos que dizem respeito à vida cristã.

“Crede nos Seus profetas e prosperareis.” A prosperidade da igreja adventista, de um começo humilde a uma igreja mundial, é uma confirmação dessas palavras do rei Josafá.

Sejamos gratos por esse dom.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

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19 de novembro Sexta


Lobos no meio de ovelhas


Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Mateus 7:15, 16

Em todas as épocas houve falsos profetas. Já em seu tempo, Moisés advertia contra falsos profetas, estabelecendo a pena de morte para eles (Dt 13). Jeremias teve conflitos com essa classe, que anunciava paz em vez de guerra. Mas Deus disse a Jeremias: “Os profetas profetizam mentiras em Meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei” (Jr 14:14).

Jesus disse que esses falsos profetas se apresentavam disfarçados em ovelhas. Ao vigiar o rebanho, o pastor vestia uma pele de carneiro, com a pele do lado de fora e a lã por dentro. É claro, porém, que um homem podia se apresentar com roupagem de pastor mas não ser pastor. Os antigos profetas usavam uma roupagem convencional. Elias usava um manto (1Rs 19:13, 19), e foi descrito certa vez, como um “homem vestido de pelos, com os lombos cingidos de um cinto de couro” (2Rs 1:8). Esse manto de pele de carneiro, portanto, era o uniforme pelo qual os profetas eram conhecidos. Entretanto, havia homens que usavam manto de profeta, mas não viviam a vida de profeta.

Nos tempos da igreja primitiva havia também charlatães que se faziam passar por profetas, a fim de obter prestígio e viver em ociosidade, às custas da generosidade dos irmãos. Por isso a igreja criou, entre os anos 100 e 150 d.C., seu primeiro livro de praxes, chamado Didaquê, que contém instruções sobre esses profetas itinerantes: “A um verdadeiro profeta deve ser concedida a mais alta honra; ele deve ser bem-vindo e sua palavra não deve ser desprezada, nem sua liberdade cerceada; mas ele deve permanecer um dia, e se necessário, dois; se ficar três dias, é um falso profeta. Ele nunca deve pedir nada, a não ser comida. Se pedir dinheiro, é um falso profeta” (Didaquê, cap. 11, 12, citado em William Barclay, The Gospel of Matthew, v. 1, p. 287). Os italianos têm um provérbio parecido: “Hóspede é como peixe: após três dias começa a cheirar mal.”

Essas instruções parecem bastante válidas ainda hoje, para que a igreja não abrigue lobos com roupagem de ovelha em seu meio. Mas o julgamento definitivo para se distinguir os falsos profetas dos verdadeiros é o de Cristo: “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7:16).

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18 de novembro Quinta


A tentação do caminho mais fácil


Então, disse Jesus a Seus discípulos: Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por Minha causa achá-la-á. Mateus 16:24, 25

Um jovem, desejoso de alcançar o sucesso, foi conversar com um empresário milionário e lhe perguntou qual a principal razão do seu sucesso. O empresário respondeu sem hesitação: “Trabalho árduo.” O jovem ficou em silêncio por alguns momentos e então perguntou: “E qual é a segunda razão?”

Muitos de nós queremos alcançar o sucesso através de atalhos, ou se possível, até mesmo de braços cruzados. Assim, muitos sonham em ganhar na loteria ou pensam em criar algo que lhes traga dinheiro fácil e rápido. Mas já em seu tempo o rei Salomão advertia: “O dinheiro que vem facilmente vai-se embora depressa; o dinheiro ganho com o suor do rosto acaba rendendo juros” (Pv 13:11, BV).

O mesmo ocorre nas demais esferas da vida. Não se adquire conhecimento facilmente, e da noite para o dia. É preciso negar-se a si mesmo, estudar muito e ter perseverança até ver o esforço render os seus frutos.

Na vida familiar observa-se a mesma tendência. Os lares estão se desintegrando porque o pai ou a mãe não tem paciência para criar os filhos e simplesmente vão embora. Tudo na vida exige sacrifício. E a vida cristã não é exceção.

O jovem rico queria herdar a vida eterna, mas quando Jesus lhe disse o que fazer, ele se retirou triste, como que dizendo para si mesmo: “Eu pensei que fosse mais fácil. Mas esse preço é muito alto!” Um escriba se aproximou de Jesus e Lhe disse: “Mestre, seguir-Te-ei para onde quer que fores. Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8:19, 20). Em outras palavras: “Pense bem no que você quer fazer. Não te ofereço conforto, dinheiro, nem posição. Quem quiser Me seguir precisa estar disposto a fazer sacrifício.”

“Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por Minha causa achá-la-á.” Ou seja: “Talvez um dia você seja tentado a salvar a vida abandonando a fé. Mas isso significa salvar esta vida e perder a vida eterna.”

É uma troca que não vale a pena.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

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17 de novembro Quarta


História de amor


Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o Seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dEle. 1 João 4:9

Moses Mendelssohn, avô do grande compositor alemão, era um homem baixo e corcunda. Um dia ele foi a Hamburgo para visitar um comerciante que tinha uma filha muito bonita. Embora Mendelssohn a admirasse muito, ela o evitava, aparentemente por causa daquela deformidade física.

No último dia de sua visita ele foi se despedir dela. O rosto da moça parecia brilhar de tanta beleza, mas quando ele entrou, ela baixou o olhar. O coração de Mendelssohn ardia de paixão por ela. Após dizer-lhe algumas palavras, ele encaminhou a conversa para o assunto que lhe transbordava da alma:

– Você acredita que os casamentos são decididos no Céu? – perguntou ele.

– Sim – respondeu ela. – E você?

– Sem dúvida – concordou Mendelssohn. – Eu acredito que quando uma criança nasce, Deus diz: “Esse garoto vai se casar com tal garota.” Mas no meu caso, Deus ainda acrescentou: “Mas sua esposa vai ter uma horrível corcunda.” Nesse momento eu disse: “Oh, Senhor, isto seria uma tragédia para ela. Por favor, deixe que eu seja corcunda e ela bonita.”

A história diz que a moça ficou tão tocada por estas palavras que tomou a mão de Mendelssohn e mais tarde se tornou sua amorosa e fiel esposa.

Ao meditarmos sobre o significado da cruz em que Cristo morreu, compreendemos que as marcas dos pregos nos Seus pés e mãos deveriam ser nossas. Mas Deus amou o mundo de tal maneira que enviou o Seu Filho para tomar sobre Si nossas enfermidades e dores, e dar a vida para nos salvar.

Quando Cristo morreu, morreram também as esperanças dos Seus incrédulos discípulos. Mas quando Ele ressuscitou, aqueles discípulos temerosos e cheios de dúvidas se tornaram apóstolos de grande coragem, dispostos a morrer por Seu Mestre. Quando viram as marcas dos pregos em Suas mãos e pés, a vida deles adquiriu novo significado e objetivo.

Aqueles que viram as mãos e pés do Cristo ressurreto e têm a eternidade no coração, sempre têm um propósito na vida: contar aos outros a mais bela história de amor que o mundo já viu.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

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16 de novembro Terça


Do que você sente vergonha?


Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2 Timóteo 2:15

George aceitou Cristo aos 19 anos de idade. Porém, como os demais adolescentes, ele não queria ser diferente. Queria ser aceito pelo grupo. Mas agora se tornara cristão. Ele podia expressar facilmente suas novas convicções ao seu novo círculo de amigos cristãos, mas não sabia como dizer isto aos velhos amigos. Na verdade, ele achou mais fácil esconder seu novo “eu”. Assim, ele se sentiu espremido entre duas identidades: a nova e a velha. Em sua imaturidade espiritual, George não tinha certeza do que é que sentia orgulho e do que sentia vergonha.

Dois textos o impressionaram. O primeiro foi o de Marcos 8:38, no qual Jesus diz que quando voltar, Ele Se envergonhará daqueles que se envergonharam dEle. E o segundo foi Romanos 1:16, onde Paulo diz que não se envergonha do evangelho, porque é o poder de Deus para salvar aquele que crê. Estes textos lhe causaram impacto porque ele sentia dificuldade para abrir a boca e falar de sua nova fé para certas pessoas.

Você sente vergonha de sua fé? Você é daqueles que finge estar coçando um olho no restaurante ao fazer oração? Ao viajar por vários países do Oriente, muitos anos atrás, impressionei-me com a autenticidade dos muçulmanos. O ônibus no qual eu viajava, no Irã, teve um pneu furado. Imediatamente todos os muçulmanos que estavam a bordo saíram, inclinaram-se até encostar a testa no chão, à beira da estrada, e ali recitaram suas rezas. Vi isso acontecer várias vezes. Muitos cristãos não têm a mesma coragem de testemunhar publicamente de sua fé.

Alguns membros regulares da igreja, nesses tempos pervertidos em que vivemos, não conseguem se envergonhar de nada, exceto de sua fé. Têm mais facilidade em contar piadas obscenas do que partilhar sua fé com um colega de trabalho.

Um velho provérbio finlandês diz que mesmo uma pequena estrela brilha no escuro. Estamos vivendo em uma época de trevas morais e espirituais, e precisamos deixar nossa luz brilhar.

Do que é que você sente vergonha? Tomara que seja dos seus pecados, e não do evangelho de Cristo.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

gratos por quê?'

Gratos pelas mães

Há um provérbio judaico que diz: "Deus não podia estar em toda parte; por isso criou a mãe."

Escreveu um notável autor: "Quase sempre de todas as coisas lindas da vida, elas nos vêm em duas ou três, em dezenas ou centenas. Há abundância de rosas, de estrelas, de raios de Sol, de arco-íris, muitos irmãos, irmãs, tios, tias, primos, primas, mas cada pessoa só tem uma mãe neste vasto mundo."

Por isso, esforça-te por fazer a vida dela alegre e iluminada. Fala-lhe em termos de amor. Estenda-lhe sua mão auxiliadora. Se distante, escreva-lhe uma carta amorosa, contando-lhe o quanto a ama. Se já descansa no sono da morte, então, filho, peça a Deus força para conduzir uma vida tão pura, a fim de que seja uma honra ao seu sagrado nome.
MÃE, nome mais sublime da Terra. É o primeiro nome que o bebê balbucia, aprendendo a falar. O nome que a criança pronuncia quando está em perigo; é o ente que continua, embora esgotado, ao lado do filho ou filha enferma; é o ser considerado e amado em todas as idades, e ninguém, de são juízo, ousaria levantar a mão contra a sua própria mãe.

Já dizia certa escritora famosa: "O rei em seu trono não tem função mais elevada que a mãe. A mãe é a rainha do lar. Um anjo não desejaria missão mais elevada, pois em fazendo sua obra, ela está realizando serviço para Deus. O trabalho da mãe lhe é dado por Deus. Em meio a todas as atividades da vida são os filhos o mais sagrado dever da mãe."

Ouçamos o coro de grandes filhos:
"O paraíso das Mães é junto ao berço dos filhos."

"O colar mais precioso que orna uma mãe são os braços de seu filho."
"A excelsa deusa de toda a minha existência, essa diva que me segue os passos; tudo o que sou foi por ti, doce Mãe!"

"Um sorriso na boca
Uma lágrima nos olhos
Um filhinho no braço
E Deus no coração."

Poderíamos continuar ouvindo os filhos que se fizeram célebres, guiados firmemente pela mão segura de suas mães.

Filhos de todas as idades, honrai vosso pai e mãe, pois a promessa é de uma vida prolongada, conforme S. Paulo, que afirma: "Honra a teu pai e a tua mãe para que te vá bem e vivas muito tempo sobre a Terra."
Gratos a Deus pelas mães, pois de suas mãos saem modelados os homens que se tornarão em benção a todos.

Senhor, mais uma vez, gratos pelas nossas mães!