sexta-feira, 30 de setembro de 2011

meditações diárias'

30 de setembro Sexta


Refazendo o Texto


Deus reescreveu o texto da minha vida quando eu abri o livro do meu coração aos Seus olhos. 2 Samuel 22:25, The Message

Uma das grandes lições da vida de Davi: é possível juntar os pedaços, sacudir a poeira e recomeçar. Deus é o Restaurador. Ele sabe onde as peças vão se encaixar melhor. Davi diz: “Deus reescreveu o texto da minha vida quando eu abri o livro do meu coração aos Seus olhos” (2Sm 22:25, The Message).

Stephen Kanitz, ex-cronista da revista Veja, começou um de seus textos dizendo: “Depois de escrever e reescrever este texto umas cinquenta vezes...” Claro, estava exagerando, mas todos sabem que qualquer texto bom necessita ser reescrito várias vezes.

O capítulo no qual está localizado o texto de hoje parece um resumo da vida de Davi. Para ele, Deus era a rocha, fortaleza, libertador, refúgio, escudo, torre alta, abrigo e salvador. Mas sua figura de linguagem preferida para Deus era a “rocha”, por meio da qual expressava confiança e dependência dEle.

No mesmo texto, Davi fala das armadilhas dos inimigos. Parecia não haver saída, mas ele clamou e Deus foi em seu socorro para resgatá-lo. Ele termina essa parte dizendo: “[O Senhor] livrou-me, pois me quer bem” (2Sm 22:20).

Depois ele fala: “O Senhor me tratou conforme a minha retidão, conforme a pureza das minhas mãos me recompensou. Pois guardei os caminhos do Senhor, não cometi a perversidade de afastar-me do meu Deus. Todos os Seus mandamentos estão diante de mim, não me afastei dos Seus decretos. Tenho sido irrepreensível para com Ele e guardei-me de pecar” (v. 21-24). São expressões que podem dar a impressão de orgulho pessoal e mérito especial para receber as bênçãos de Deus. E ele diz no verso 21: “Deus fez minha vida completa quando coloquei todas as peças diante dEle. Quando limpei o que manchei Ele me deu um novo começo” (2Sm 22:21, The Message). Mas ele não estava falando da justiça que lhe foi dada, e sim da graça de Deus derramada em sua vida.

Depois de termos tentado escrever o melhor da nossa vida e termos jogado fora rabiscos, rascunhos, correções e recorreções, e juntado tudo para um texto aceitável, Deus vai pegar o seu texto e o meu e refazê-los. Assim, o texto final será dEle. Mais do que tudo, precisamos que Jesus reescreva o texto da nossa vida.

“Esqueçam o que se foi; não vivam no passado. Vejam, estou fazendo uma coisa nova!” (Is 43:18, 19).

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

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29 de setembro Quinta


Lágrimas Reais Como as Nossas


Jesus chorou. João 11:35

O choro é visto por alguns como desabafo e por outros, como sinal de fraqueza. Choramos quando estamos com medo ou nos sentimos frustrados e tristes. Choramos de alegria, quando vemos a noiva no altar, na formatura de um filho ou filha, ao receber uma boa notícia. Alguns usam o choro como arma para conseguir o que querem: os filhos, os namorados, os cônjuges, etc. Outros ainda usam a tática do choro para obter alguma coisa que não conseguiram, e conseguem por falta de argumento ou por firmeza da outra parte.

Jesus não conseguiu conter as lágrimas. Não podemos imaginá-Lo insensível à dor de Marta e Maria. Ele não ficou de longe, observando de braços cruzados sem dizer nada. Logo que Se aproximou, disse: “Sinto muito.” Jesus as abraçou e chorou com elas e por elas.

Uma garotinha chegou tarde da escola certo dia. A mãe a aguardava.

– Quantas vezes eu tenho que dizer a você que, ao sair da escola, deve vir direto para casa? Já estava preocupada. Por favor, não faça isso outra vez!

A menina tentou se explicar:

– É que hoje houve uma exposição na escola. A Tânia e a Júlia levaram uma boneca de louça da China que a avó tinha dado para elas...

– Não me interessa quão bonita seja essa boneca. Ao terminarem as aulas, não fique para brincar. Venha para casa!

– Mas, mamãe, o que aconteceu é que, ao sairmos da escola, alguns meninos vieram correndo até onde nós estávamos. E quando a Júlia correu, deixou cair a boneca no chão e eu fiquei para ajudá-la.

– Ah, querida! Que bonito que você ficou para consertar a boneca... Mas você precisa vir direto para casa.

– Não, mãe, não dava para consertar e eu fiquei para ajudar a Júlia a chorar.

Quantas vezes, no anseio de ajudar numa situação triste, dizemos: “Eu entendo o que você está sofrendo. Já passei por isso também. Eu sei o que você está sentindo.” As cicatrizes são diferentes das feridas. Não as compare. As cicatrizes estão fechadas, esquecidas. As feridas, entretanto, são do presente. Estão abertas e sangrando. Estão doendo no presente. Precisam de um lenitivo para aliviar a dor. Você pode ter passado por uma situação idêntica. Mas as diferentes nuances das circunstâncias pedem também diferentes soluções. Lembre-se da reação de Jesus.

Às vezes, Deus nos chama não somente para consertar um brinquedo quebrado, mas para chorar conosco.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

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28 de setembro Quarta


Eu os Ouvirei


Providenciarei para suas necessidades antes que eles peçam. Isaías 65:24, New Century Version

Em continuação à história de ontem, leia o que a médica missionária conta: Como é comum quando lidamos com crianças, achei que eu estava em apuros. Poderia eu, honestamente, dizer “Amém” em resposta à oração da menina? Eu simplesmente não conseguia acreditar que Deus poderia atendê-la. O único jeito de obtermos a bolsa de água quente seria por encomenda à minha terra natal, via correio.

Eu estava na África havia quatro anos. Jamais tinha recebido uma encomenda postal de minha família. E se alguém enviasse um presente, poria ali uma bolsa de água quente? Afinal, eu morava na linha do Equador.

No meio da tarde, durante uma aula da escola de enfermagem, veio um recado dizendo que um carro estacionara no portão de minha casa. Quando cheguei, o carro já havia partido e deixado um pacote de 11 quilos na varanda.

Não consegui abrir a caixa sozinha. Pedi que algumas crianças do orfanato me ajudassem. Trinta a quarenta olhos arregalados acompanhavam atentos cada movimento. Na camada de cima havia roupas de cores vivas e brilhantes. Os olhinhos das crianças brilhavam à medida que as distribuía. Na camada seguinte havia ataduras para os pacientes leprosos, caixinhas de uvas passas, pacotes de farinha que se transformariam em deliciosos bolos no fim de semana.

Quando coloquei as mãos de novo na caixa, pasmem... “Uma bolsa de água quente, novinha em folha!” gritei.

Eu não havia feito nenhum pedido. Rute, aquela menina que havia orado na reunião de oração, saltou do banco da frente e gritou: “Se Deus mandou a bolsa de água quente, mandou também a boneca!” Enfiando as mãos na caixa, começou a procurar a boneca. E lá estava ela, maravilhosamente vestida!

Rute não duvidara nem por um instante. Olhando para mim, perguntou: “Posso ir junto levar a boneca para a irmãzinha do bebê, para que ela saiba o quanto Jesus a ama?”

Esse pacote estivera a caminho por cinco meses. Foi iniciativa de minha ex-professora de escola bíblica, cuja líder atendeu a voz do Senhor de enviar uma bolsa de água quente. E uma das alunas dela decidiu, cinco meses antes, enviar junto uma boneca, em resposta a uma oração de outra menina de 10 anos de idade que acreditou fielmente que Deus atenderia à sua oração, ainda naquela tarde.

Não podemos duvidar de que Deus atende nossas orações, muitas vezes antes mesmo de pedirmos!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

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27 de setembro Terça


Antes de Clamarem


Antes de clamarem, Eu responderei; ainda não estarão falando, e Eu os ouvirei. Isaías 65:24

Helen Rosenweare, que foi médica missionária no antigo Congo Belga, conta uma experiência que comprova a promessa do texto de hoje. Ela a intitula “A Bolsa e a Boneca”. Veja que interessante relato:

Certa noite eu estava fazendo de tudo para ajudar uma mãe em trabalho de parto. Apesar do esforço, ela não resistiu e nos deixou com um bebê prematuro e uma filha de dois anos em prantos. Era muito complicado manter o bebê vivo sem uma incubadora (não tínhamos eletricidade para ativar uma incubadora). Também não tínhamos recursos adequados de alimentação. Mesmo morando na linha do Equador, as noites eram frias como aragens traiçoeiras.

Uma das aprendizes de parteira foi buscar a caixa que reservávamos para bebês nessa situação e os panos de algodão para envolvê-los. Uma outra foi alimentar o fogo para aquecer uma chaleira de água para a bolsa de água quente. Sem demora, voltou desconsolada, pois a bolsa havia se rompido. Borracha estraga fácil em clima tropical. “Era nossa última bolsa de água quente”, ela me disse.

Assim como no Ocidente se diz que “não adianta chorar sobre o leite derramado”, na África Central se diria que “não adianta chorar sobre bolsas de água quente estragadas”. Elas não crescem em árvores, e não existem farmácias no meio das florestas.

“Muito bem”, disse eu, “coloquem o bebê em segurança tão próximo quanto possível do fogo e durmam entre a porta e o bebê para protegê-lo das lufadas de vento frio. Mantenham o bebê aquecido.”

Na tarde seguinte, fui orar com as órfãs que vez ou outra queriam reunir-se comigo. Fiz uma série de sugestões que pudessem incentivá-las a orar e, também, contei-lhes sobre o bebê. Expliquei a dificuldade em manter o bebê aquecido já que a única bolsa de água havia estourado, e que o bebê poderia morrer se passasse frio. Mencionei a irmãzinha de dois anos que não parava de chorar e sentia a perda e a ausência da mãe.

Durante as orações, uma das meninas africanas de 10 anos orou: “Por favor, Deus, manda-nos a bolsa de água quente. Amanhã talvez será tarde, porque o bebê pode não aguentar. Por isso, manda a bolsa de água quente ainda hoje.”

Enquanto eu ainda procurava recuperar o ar diante de tamanha ousadia, a menina acrescentou: “E, Senhor, já que estás cuidando disso, por favor, manda junto uma boneca para a irmãzinha do bebê, para que ela saiba que também a amas de verdade.”

Será que havia meios de Deus atender a essa oração? Amanhã você saberá a segunda parte desta história.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

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26 de setembro Segunda


O Sabor do Vinho Novo


Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus Lhe disse: “Eles não têm mais vinho.” João 2:3

Quantos de nós já não assistimos casamentos nos quais um pequeno erro levantou um riso de complacência da audiência. Um pastor contava de um casamento que tinha oficiado. Durante o ensaio, o noivo o puxou de lado e lhe fez uma oferta: “Vou lhe dar 100 reais para o senhor mudar os votos matrimoniais. Quando o senhor for falar os votos para mim, gostaria que deixasse de fora a parte que diz ‘promete amar, honrar e proteger...’.” E então entregou os 100 reais ao pastor.

No dia do casamento, noivo e noiva estavam no altar diante da igreja, e na hora dos votos, o pastor olhou para o noivo e disse: “Promete obedecer à sua esposa em cada um dos seus pedidos? Promete levar o desjejum na cama cada manhã de sua vida? Promete que amará eternamente sua esposa e não olhará para nenhuma outra mulher enquanto ambos viverem?” O noivo engoliu em seco e com voz titubeante disse: “Sim”.

Depois da cerimônia, foi reclamar com o pastor e perguntou o que tinha acontecido. “Pensei que tivéssemos feito um trato!” O pastor devolveu a nota de 100 e disse: “A oferta da sua noiva foi melhor.”

Pensemos em outro casamento. Todos os detalhes haviam sido cuidadosamente checados: o dia, local e hora do casamento, o convite, a lista de convidados, a ornamentação, padrinhos, damas de honra, música, vestido da noiva, a recepção, etc. E ali estavam os convidados, tios, tias, primos, irmãos. E o vinho acabou... Nenhum vinho. Nada. Diríamos hoje: “Uma falha indesculpável.”

Há momentos na vida em que o vinho acaba, a música cessa e as flores murcham. O sonho se torna pesadelo. Como entender que, de um lugar de onde saía amor e companheirismo, agora saia ódio, apatia, indiferença? O carinho vira empurrão, a palavra amorosa se torna em xingamento, e o elogio é interpretado como provocação. Temos que parar, pensar e nos desarmar, depois dizer: “Não é porque o começo deu errado que não possamos consertar.”

Hoje Jesus quer realizar em você e em sua família o milagre do vinho novo. O milagre da abundância, da transformação e de novas possibilidades. Ele quer mudar a tristeza em alegria, o afastamento em aproximação e o orgulho em perdão.

“Todas as águas comuns da vida, Cristo pode transformar em vinho do Céu” (E. G. White, O Lar Adventista, p. 28).

Diga para Jesus: “Senhor, preciso do milagre do vinho novo em minha vida e em minha família; por favor, muda a tristeza em alegria, a intranquilidade em paz.”

domingo, 25 de setembro de 2011

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25 de setembro Domingo


O Jardim do Getsêmani


Apareceu-Lhe então um anjo do Céu que O fortalecia. Lucas 22:43

Duas grandes batalhas do grande conflito foram travadas em jardins. No jardim do Éden, Adão resolveu desobedecer a Deus. Não resistiu à tentação e escolheu sua vontade em lugar da vontade do Pai. No jardim do Getsêmani, Jesus, o segundo Adão, escolheu fazer a vontade do Pai sobre a Sua vontade. Assim como a decisão de Adão afetou o homem, a decisão de Jesus também teve seu alcance.

Naquela noite, Jesus devia sentir o coração pesado, como nós às vezes sentimos, resultado de grande decepção ou de uma surpresa desagradável. Tudo que é conhecido pelo homem, em termos de tristeza e apreensão, Ele demonstrava em Seu semblante. Se você estivesse ali no Getsêmani, num canto do jardim, escutaria o clamor de Jesus. Era intensa a luta dEle para Se submeter à vontade de Deus. Agonia. Um forte conflito interno. A luta entre duas forças, e o sentimento de solidão.

Lucas diz que apareceu um anjo para socorrer Jesus. Nós também temos anjos para nos ajudar em nosso Getsêmani. O Dr. George Morrison disse: “Cada vida tem seu Getsêmani e cada Getsêmani tem seu anjo.”

A oração de Jesus no Getsêmani não foi de derrota e desespero, foi uma oração de entrega. Foi uma oração de submissão à vontade de Deus. Enquanto Ele fazia essa oração para o Pai, um anjo veio do Céu para fortalecê-Lo.

“Nessa horrível crise, quando tudo estava em jogo, quando o misterioso cálice tremia nas mãos do Sofredor, abriu-se o céu, surgiu uma luz por entre a tempestuosa treva da hora da crise, e o poderoso anjo que se acha na presença de Deus, ocupando a posição da qual Satanás caíra, veio para junto de Cristo. [...] Ele Lhe apontou os Céus abertos, falando-Lhe das almas que seriam salvas em resultado de Seus sofrimentos” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 693).

Jesus fez a mesma oração três vezes. Três vezes foi tentado no deserto, e três vezes foi tentado no Jardim.

Jesus esteve sozinho em Sua agonia para que você não precise estar sozinho. Quando enfrentamos tristeza em nosso próprio Getsêmani, temos a promessa: “Clame a Mim no dia da angústia; Eu o livrarei” (Sl 50:15).

sábado, 24 de setembro de 2011

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24 de setembro Sábado


O Cordão Vermelho


Os homens lhe disseram [a Raabe]: “Estaremos livres do juramento que você nos levou a fazer se, quando entrarmos na terra, você não tiver amarrado este cordão vermelho na janela.” Josué 2:17, 18

As cores têm seu significado e seu mistério. Quando seu time ganha, você empunha e desfralda orgulhosamente a bandeira dele. Ou veste a camisa, seja ela vermelha, branca, verde, tricolor ou azul. Na maioria dos países, o vermelho ou escarlata é olhado com reverência e como cor sagrada. No caso de Raabe, o cordão vermelho contrastava com a cor clara da casa sobre os muros de Jericó.

O que significou para Raabe colocar aquele cordão na janela? O cordão significava um concerto de libertação; significava liberdade dos velhos deuses. Um novo Deus passou a ser o Senhor da vida dela. Ela não mais precisava continuar submissa ao antigo senhor. O cordão dizia: você está livre para servir a Deus pelo resto de sua vida.

Essa liberdade foi proclamada por Jesus em Seu primeiro sermão: “O Espírito do Senhor está sobre Mim. [...] Ele Me enviou para proclamar liberdade aos presos [...], para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4:18, 19). Ele estava dizendo: Eu vou abrir os portões para todos aqueles que não tenham para onde ir, que se encontram num labirinto sem saída, rejeitados, presos pela bebida, acostumados à mentira. Você que se sente preso a hábitos prejudiciais, a fita escarlate pode representar um concerto de libertação.

O cordão era sinal de um encontro futuro. Por aquele cordão, a casa estava marcada entre todas as casas da cidade. Era um sinal de acordo entre ela e o povo de Israel. E era também um sinal para os espias, para Raabe e sua família. “Vou pertencer ao povo do Deus vivo.” Ela escolheu se tornar parte do povo de Deus.

O cordão vermelho era uma declaração de confiança na salvação. Representava a redenção por meio do sangue de Cristo. Semelhante à colocação do sangue nos portais das casas dos hebreus, por ocasião da Páscoa, protegendo todos os que estivessem ali abrigados, assim também o cordão era um sinal de que Raabe estaria protegida do perigo quando a cidade fosse sitiada. Todas as vezes que ela olhava para aquele cordão, o coração se enchia de expectativa confiante. Ela exerceu fé e foi salva.

Tudo isso foi para ela um novo começo. Era a oportunidade de salvar a si mesma e sua família. Deus foi ao encontro de uma jovem que disse “eu quero mudar”, e sua fé foi recompensada.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

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23 de setembro Sexta


Firmados na Rocha


Eu lhes mostrarei com quem se compara aquele que vem a Mim, ouve as Minhas palavras e as pratica. É como um homem que, ao construir uma casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha. Lucas 6:47, 48

A história não trata do clima, nem de frentes frias ou de zonas de convergência do Atlântico Sul, nem de rajadas de vento, mas Jesus falou de chuva e do transbordamento de rios. A tempestade veio e atingiu duas casas. A diferença entre as casas não era percebida exteriormente. De longe, pareciam iguais, mas somente aquela que estava construída sobre a rocha é que permaneceu. Era a casa do homem prudente. Ele a construiu levando em conta uma futura tempestade. E quando a tempestade se abateu sobre a casa do insensato, ela se desintegrou. Foi levada pela enxurrada.

Dois homens, duas casas. Há somente duas maneiras de lidar com a vida e construir o caráter: podemos construir sobre a areia ou sobre a rocha.

Podemos ter duas pessoas que frequentam a igreja, chegam pontualmente aos cultos, levam a Bíblia, cantam os mesmos hinos. A diferença está entre quem ouve e internaliza o que ouviu, e quem ouve, mas não reconhece nada que seja útil para si.

A tempestade é um teste que cada ser humano tem que enfrentar na vida. Ela provará com absoluta fidelidade quem é trigo e quem é joio, e sobre que solo edificou. É ela que vai fazer a diferença. Usamos a expressão “tempestades da vida” para tentações, sofrimento, dificuldades financeiras, problemas matrimoniais.

Não podemos escolher se vamos enfrentar ou não a tempestade, mas podemos escolher os fundamentos sobre os quais colocaremos nossa fé. Você está colocando seu fundamento sobre o frágil chão arenoso ou cavando fundo para ter certeza de que seu fundamento está sobre a Rocha? Onde você está construindo?

“Contudo, veja cada um como constrói. Porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo” (1Co 3:10, 11).

“Deus espera que edifiquemos o caráter de acordo com a norma que pôs diante de nós. Devemos colocar um tijolo após o outro, acrescentando graça a graça, descobrindo nossos pontos fracos, e corrigindo-os de acordo com as orientações dadas. Quando se vê uma fenda nas paredes de uma mansão, sabemos que algo está errado no edifício. Na edificação de nosso caráter, frequentemente veem-se fendas. A não ser que tais defeitos sejam remediados, a casa ruirá quando a tempestade da prova a atingir” (Ellen G. White, Orientação da Criança, p. 165).

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

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22 de setembro Quinta


O Poder do Cântico


Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam. [...] Imediatamente todas as portas se abriram, e as correntes de todos se soltaram. Atos 16:25, 26

Não era o melhor lugar para se cantar. Não era uma concha acústica, nem o Credicard Hall em miniatura. Não havia luzes coloridas, nem caixas de som especiais. Não era um concerto, recital nem cantata. Também não era um festival de quartetos ou grupos vocais. Era um dueto. Gostaria de tê-los escutado pessoalmente. Tenho certeza de que as vozes se harmonizavam. Não sei qual dos dois era barítono ou tenor. E eles cantavam na cela, o palco do recital. Se você já visitou um presídio superlotado, onde vozes clamam e as mãos se estendem enquanto você passa, terá uma leve noção do lugar em que aqueles homens estavam.

Que mensagem eles estavam transmitindo? Deus nos ama; Deus tem um plano para nós. Que motivo havia no coração deles para cantar? Eles tinham sido açoitados, levavam no corpo as marcas dos açoites. As mãos estavam presas a correntes e os pés, colocados no tronco. O lugar era úmido. Como soaria sua voz em circunstâncias como essa?

Qualquer um pode louvar com as portas da prisão abertas. Mas somente a presença de Jesus é que leva você a cantar, mesmo dentro de uma prisão. É nos momentos de escuridão, de incerteza e adversidade, que a música e o canto aparecem como lenitivo.

Pense no que simboliza o cântico, a música na vida de muita gente: abertura de prisão, portas abertas, cadeias abertas, luz, ânimo e consolo.

As palavras de um cântico ou de um hino são como chaves que abrem portas, liberam pessoas que se sentem acorrentadas a prisões sem grades ou portas de ferro, mas muito mais limitadoras e mais humilhantes do que as cadeias reais. As prisões e algemas que mais prendem e limitam são as invisíveis. São mais degradantes e humilhantes do que as prisões reais. Mas os cânticos são como chaves, abrindo novo caminho para as pessoas.

No meio da adversidade, cante. Se está alegre, cante. Se está triste ou com medo, cante.

“Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação” (Hc 3:17, 18).

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

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21 de setembro Quarta


Apresentando Desculpas


Eles [os convidados] começaram, um por um, a apresentar desculpas. Lucas 14:18

Adão, Eva, Arão, os dez espias que não quiseram voltar para conquistar a terra, Elias, Jonas e Félix diante de Paulo, são apenas alguns de uma longa lista daqueles que procuraram se desculpar diante de Deus. Há pessoas que são especialistas na arte de apresentar desculpas. Diante de um compromisso assumido, dizem: “Olha, eu gostaria muito de ir, mas...”; “Não leve a mal dessa vez, mas não vai dar”; “Vai ter que ficar para a próxima”; “Surgiu um imprevisto”; “Você me mandou um e-mail?”; “Ué, você não recebeu?”

Seja na escola, no trabalho, no namoro, na hora da multa no trânsito, as desculpas são as mais criativas possíveis. Existem até sites que podem ajudá-lo a apresentar uma boa desculpa, se a sua não for convincente.

Na parábola, o convite foi enviado com antecipação e quem convidou esperava que todos fizessem do convite uma prioridade. Mas, dentre os convidados para a ceia, surgiram três desculpas. A primeira foi a do homem preocupado com seu trabalho: “Comprei um terreno. Preciso ver se é produtivo, quem são meus vizinhos e as perspectivas de valorização.” O trabalho era mais importante do que os convites de Deus. O segundo tinha comprado dez bois. Estava preocupado com seu dinheiro. “Preciso ver se estão bem cuidados e se fiz um bom investimento.” E a terceira desculpa foi a mais fria: “Não posso ir.” “O relacionamento com minha família e com os amigos é muito forte. Minha esposa não quer ir.”

Note as três desculpas: trabalho, dinheiro e relacionamentos. Até hoje continuam sendo fatores importantes na hora da decisão.

Nós também, quando fazemos uma festa de aniversário ou noivado, queremos ter a casa cheia e ficamos aborrecidos quando a pessoa nem dá satisfação. Deus espera que Seus convites tenham prioridade.

O dono da festa não insistiu com os que trataram com descaso seu convite. E, como o compromisso da graça é alcançar tantos quantos seja possível, o convite foi para os que não mereciam. Ele disse: “Saiam depressa, vamos fazer a festa com os mais improváveis. Convidem a todos. Tragam os pobres, os aleijados, os cegos e os mancos. É com eles que vou fazer a festa.”

Em Seu amor e graça, Deus quer ter a casa cheia. E Ele diz: “Ainda há lugar.”

terça-feira, 20 de setembro de 2011

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20 de setembro Terça


Completar a Corrida


Até os jovens se cansam e ficam exaustos, e os moços tropeçam e caem; mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Isaías 40:30, 31

O lugar era o Estádio Olímpico da cidade do México. Eram sete horas da noite do dia 20 de outubro de 1968. Os últimos corredores da maratona ainda recebiam tratamentos de primeiros socorros. Quase uma hora depois de terminada a maratona, os assistentes que ainda estavam no local escutaram sirenes de carros de polícia. Entrando pelos portões do estádio, uma só figura com as cores da Tanzânia chega manquejando. Seu nome: John Steve Aquari. Ele foi o último homem a terminar a maratona em 1968. Tinha uma das pernas sangrando e com ataduras, pois havia caído no início da corrida. E tudo o que podia fazer era correr manquejando o restante da maratona. Os que ainda permaneciam no estádio aplaudiram enquanto ele dava a última volta.

Quando ele cruzou a linha final, alguém fez a pergunta que todos queriam fazer: “Você está ferido. Por que não desistiu? Por que não abandonou a corrida?” Aquari respondeu com dignidade: “Meu país não me enviou a dez mil quilômetros de distância para começar a corrida. Meu país me enviou para completar a corrida.”

A mensagem é válida para aqueles que, em algum trajeto ou fase da vida, são tentados a desistir. De vez em quando aparecerão obstáculos e dificuldades que devem ser vistos como desafios. Por isso, o espírito de tenacidade e perseverança é necessário, seja como profissional, como membro da família ou como estudante.

De vez em quando, poderão aparecer fatores que o levarão a desanimar. Mas não desista, não “jogue a toalha”! Você chegou até aqui para terminar a corrida. A proposta do profeta é: com esperança e fé, é possível caminhar por quilômetros sem fim sem viver o drama do desânimo e de querer desistir.

E ele indica um fator essencial nessa corrida: esperar no Senhor. Quando perceber que seus recursos estão no fim, que lhe restam poucas forças e as circunstâncias dizem para você parar, não desista. Voar, correr, andar, soa como se fosse uma meta inatingível, mas esperar no Senhor produz energia. A promessa é verdadeira: “Aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam” (Is 40:31).

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

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19 de setembro Segunda


Aprovando Maria Sem Condenar Marta


Respondeu o Senhor: “Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” Lucas 10:41, 42

Você já deve ter preparado a lista de tudo que pretende fazer hoje. Isso é bom para ativar a memória e não deixar de fora compromissos com data marcada. Aprendi a fazer essa lista depois de muito tempo. Uma vez pronta, enumerava os itens em ordem de importância. No entanto, quantas vezes atropelei a lista, movido por aquilo que eu julgava ser urgente: se eu não for agora, se eu não telefonar agora, se eu deixar para depois... não encontrarei a pessoa, perderei a vez, perderei a promoção; é somente até tal hora, etc. O que era mais importante acabava atropelado pelo urgente.

Alguma vez você já se sentiu culpado por não ter tido tempo de ler a Bíblia ou fazer com calma sua oração? É difícil não tomar partido dividindo o mundo entre Marias e Martas. Equivocadamente, temos jogado uma contra a outra, querendo contrapor devoção e dever, a espera e a ação. De um lado, Maria, contemplativa, ouvindo. De outro, Marta em atividade, falando. A verdade é que somos um misto de Maria e Marta. Imagino que Marta tenha se sentado por alguns minutos aos pés de Jesus, mas começou a se preocupar com o almoço para os treze visitantes inesperados (Jesus e Seus discípulos). Se tivesse um freezer e um micro-ondas, seria mais fácil. Mas ela ia e vinha, não parava.

Deus não coloca em nosso dia mais coisas do que possamos administrar, nem empilha sobre nossos braços mais coisas do que possamos carregar.

Há pessoas que não sabem se sentar nem por cinco minutos. Parece que as cadeiras em que se sentam estão providas de um mecanismo ejetor que as faz levantar, andar, sair, viajar. Ir e fazer ou se sentar e escutar? Jesus não estava dizendo que uma estava certa e a outra, errada. Na realidade, Ele quer que imitemos Maria em sua devoção e Marta em sua atividade.

Gostaria de convidá-lo a dar um passo de fé, colocando o mais importante antes do urgente. Faça uma experiência se sentando aos pés de Jesus logo no início do dia. Tenho certeza de que você vai conseguir organizar melhor a agenda e vai cumprir seus deveres com mais alegria e satisfação. Mesmo que você tenha que se levantar mais cedo, seja para ir ao trabalho ou à faculdade, reestude sua agenda: sentar-se, escutar e depois ir e fazer.

domingo, 18 de setembro de 2011

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18 de setembro Domingo


Acesso Ilimitado


Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. Mateus 27:51

Um dos momentos em que me sentia excluído e tremendamente discriminado ao viajar, era quando, logo depois de iniciado o voo, um comissário de bordo fechava a cortina que separa a primeira classe e a classe executiva do restante dos passageiros. Do lado de lá da cortina, o jantar era servido antes em pratos, talheres e copos especiais. Do lado de cá, isto é, do meu lado, não eram necessários pratos porque cada um recebia o sanduíche na mão mesmo. As cortinas fechadas diziam: “Aqui é uma classe especial, por favor, não passe, não se aproxime, mantenha-se longe.”

A Bíblia fala de outra cortina. Era uma cortina muito bonita, artisticamente trabalhada. Estava naquele lugar havia muitos anos. As cores eram as mesmas usadas na corte real: azul púrpura e escarlata. Nela havia também querubins bordados.

Era uma cortina imensa, de tecido encorpado. Mãos humanas não seriam capazes de rasgá-la. Em sua solenidade, o que aquela grande cortina parecia dizer era: “Pare! Não se aproxime! Nenhum acesso há para você neste lugar.” Apenas o sumo sacerdote tinha direito de passar além da cortina, uma vez ao ano, e somente por alguns momentos.

Na sexta-feira daquela Páscoa, quando Jesus estava morrendo na cruz, a cortina se rasgou de alto a baixo. Isso significou a remoção de todas as barreiras e dificuldades para nos aproximarmos de Deus. As limitações que havia no templo – para gentios, mulheres e escravos – terminaram. Todos igualmente temos acesso a Deus. “Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo” (Ef 2:13).

Deus não está mais limitado a um lugar. Ele está acessível em qualquer tempo. Você não precisa ser um gigante espiritual para orar.
A cortina rasgada é um convite de Deus a todos aqueles que desejam se aproximar dEle como um Pai amorável. O véu rasgado é um novo caminho para todos aqueles que reconhecem sua necessidade de um Salvador.

“Vamos então nos aproximar sem medo, confiada e ousadamente do trono da graça (o trono do favor imerecido de Deus para os pecadores), para que recebamos misericórdia (para nossas falhas) e achemos graça e ajuda apropriada e oportuna, vindo justamente quando a necessitamos” (Hb 4:16, Versão Amplificada).

sábado, 17 de setembro de 2011

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17 de setembro Sábado


Redenção e Liberdade


Ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o reino do Seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados. Colossenses 1:13, 14

A tradição sobre Abraão Lincoln conta que, certa vez, ele foi visitar um mercado no qual estava sendo realizado um leilão de escravos. O leiloeiro subiu ao estrado e começou a falar rapidamente sobre a primeira pessoa a ser leiloada. Era uma jovem negra, de mais ou menos vinte anos de idade. Sua vestimenta estava gasta, mas limpa. À medida que os lances eram feitos, ela se demonstrava com medo e ansiosa por saber quem seria seu comprador. Finalmente, Lincoln deu o maior lance, pagou o preço e recebeu o documento de compra.

A moça começou a acompanhá-lo, mas ele se voltou e perguntou para ela: “Para onde você está indo?” “Como? Eu vou com o senhor! Você me comprou e eu lhe pertenço.” “Ah, você não entendeu! Eu não comprei você para ser minha escrava, eu a comprei para deixá-la livre.” Então, pegou o documento de compra e escreveu cinco letras grandes: LIVRE. Em seguida, assinou seu nome e deu para ela. “O que significa isto?”, perguntou ela. “Significa que você está livre.” “Então, posso ir a qualquer lugar que eu queira ir?” “Exatamente, você está livre.” “Bem, se estou livre para fazer o que desejo, quero ir com o senhor.” Assim, naquele dia ela acompanhou Abraão Lincoln, não como escrava, mas como alguém que tinha sido liberta.

Redenção era a palavra usada no mercado de escravos de Roma. Tem mais a ver com o pagamento de um débito ou penalidade, com o propósito de libertar um escravo ou prisioneiro. Um escravo poderia ficar livre de sua escravidão, se alguém estivesse disposto a comprá-lo, para então libertá-lo.

Pela Sua morte na cruz, Jesus pagou o preço do resgate e redimiu o pecador de sua posição de escravo. Ele é o único que pode nos livrar do cativeiro. Pagou o resgate do ser humano com a própria vida.

“O Filho do homem veio para [...] dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mc 10:45).

E Pedro fala do preço: “Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos [...] mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito” (1Pe 1:18, 19).

“Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os adota como filhos” (Rm 8:15).

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

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16 de setembro Sexta


Bendita Esperança


Aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. Tito 2:13

Esperança é uma das palavras mais queridas do vocabulário cristão. Ela tem alimentado a fé e fortalecido muitos cristãos através do tempo, e nos momentos mais difíceis da vida. A esperança é um chamariz para o futuro. Um desejo que acariciamos e gostaríamos que se concretizasse. Ela não deve ser confundida com otimismo, que depende em muito das circunstâncias: “Espero que apareça o emprego de que estou precisando; espero que aquele relacionamento vingue; que o marido abandone a bebida; que o tratamento dê certo; que o inimigo se torne amigo; etc.”

A esperança não depende de circunstâncias positivas. Também não é o mesmo que pensar positivamente: “Sei que um milagre está a caminho.” Nem tampouco é o mero desejo focalizado em coisas: curso, casa, dinheiro, promoção. A esperança faz parte do tecido da existência humana e está urdida e entremeada nos grandes acontecimentos da vida.

Esperança é o noivo e a noiva, no altar da igreja, dizendo “sim” um para o outro no dia do casamento. É o que leva esse mesmo casal a tentar mais uma vez, muitos anos mais tarde, depois de despedaçadas as esperanças.

Esperança é a razão por que aquele time continua treinando. É por isso que temos o exame de ingresso nas universidades. É por isso que os hospitais estão abertos, na esperança de restaurar a saúde das pessoas.

Através do tempo, o povo de Deus desenvolveu a esperança do advento. O desejo de se encontrar com o Salvador. Uma expectativa do futuro. Paulo deu uma definição especial para o evento da segunda vinda de Jesus: ele a chamou de “bendita esperança”. Para ele, essa esperança não era mero desejo ou coisa incerta. Não era algo que, caso mantenhamos a esperança, talvez chegue a se cumprir. Não cabe aqui nenhum sentimento de ansiedade, nem de meia verdade, que admita que talvez Cristo não volte. A esperança de Paulo era segura. Era uma expectativa confiante na vinda de Cristo.

Quantas mães cansadas de lutar para manter os filhos se levantam cedo, trabalham o dia todo, deitam tarde e aguardam o dia em que essa luta vai terminar! Quantos enfermos crônicos necessitam diariamente de cuidados médicos e gostariam que logo essa fase passasse!
“Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada. [...] Pois em breve, muito em breve ‘Aquele que vem virá, e não demorará’” (Hb 10:35, 37).

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

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15 de setembro Quinta


A Memória de Deus


Sou Eu, Eu mesmo, Aquele que apaga suas transgressões, por amor de Mim, e que não Se lembra mais de seus pecados. Isaías 43:25

Uma viúva e um viúvo, entre 80 e 85 anos de idade, participaram de um almoço promovido pela comunidade. Na ocasião, houve troca de olhares, uma rápida conversa e uma amizade começou. Pouco tempo depois, ele decidiu pedir a mulher em casamento. Preparou-se, perfumou-se e foi visitá-la. Voltou para casa nas nuvens. Ela havia dito “sim”. Mas, naquela noite, o homem acordou e se perguntou: “Ela disse sim ou não?” Procurava conciliar o sono, mas não conseguia.

Logo de manhã cedo, chamou pelo telefone: “Ontem alguém lhe pediu em casamento, não é verdade?” E do outro lado da linha: “Ai, que bom que você está chamando. Sim, é verdade, alguém me pediu em casamento.” “E... você disse sim ou não?”, perguntou o idoso. “Eu disse sim, só que não me lembro para quem.”

Uma das coisas mais fantásticas é a capacidade da memória humana. A palavra memória chama para si muitos contrastes: algumas vezes nos ajuda a dormir, noutras nos mantém acordados. Num dia nos censura e noutro nos aplaude; algumas vezes é doce lembrança, noutras, amargas recordações.

Você já pensou em que confusão mergulharíamos se não fosse a memória? “Onde estão as chaves?” “Onde estacionei o carro?” “Onde deixei os óculos?”

Há pessoas que têm habilidade fantástica de memorizar fórmulas, códigos, senhas e nomes de pessoas, mas, por ironia, se esquecem do aniversário de casamento ou do compromisso que tinham para jantar com um amigo.

Deus diz: “Eu não Me lembro mais dos seus pecados”, e num contrassenso nós nos lembramos dos nossos pecados. É o que o pastor Smuts van Royen, ex-professor da Andrews University, procurou esclarecer, perguntando para onde fora a cegueira do cego de nascença, a paralisia do paralítico de Betesda e a lepra do leproso. “Para a terra do esquecimento”, respondia ele. E qual era o sentimento de cada um desses curados ao se lembrar do que tinham sido e de que agora estavam curados? Claro: gratidão e alegria!

No entanto, qual é o nosso sentimento quando nos lembramos de nossa vida passada? Mágoa, remorso, tristeza? Sim, a menos que nos deixemos banhar pela graça de Jesus.

Deus diz: “Eu, Eu mesmo, aquele...” Três vezes Ele Se identifica para não deixar dúvidas de Sua autoridade. Como o Deus da graça, Ele completa: “...que não Se lembra mais de seus pecados.”

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

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14 de setembro Quarta


Arriscar-se


É isto que eu quero dizer: “Arrisque-se em sua vida e você conseguirá muito mais do que sonhou.” Lucas 19:26, The Message

Risco de verdade tem que deixar você com medo. Um incidente que teve lugar há muitos anos fala da coragem frente ao risco. Um homem, cambaleante e morrendo de sede, estava atravessando o deserto quando viu um poço. Ao se aproximar, encontrou uma pequena lata, e dentro dela um papel com anotações que diziam: “Estimado amigo, há suficiente água neste poço para todos, mas algumas vezes o couro da bomba seca, e você precisa preparar a bomba para poder puxar a água. Se você procurar embaixo da pedra à sua esquerda, encontrará uma garrafa fechada cheia de água. Calma. Por favor, não beba a água. O que você tem que fazer é pegar a garrafa d’água e derramar a primeira metade vagarosamente no poço para umedecer o couro da bomba. Depois disso, derrame o restante vagarosamente e comece a bombear imediatamente. Você obterá água. Este poço nunca secou. Tenha fé. E quando terminar, não se esqueça de encher a garrafa e colocar o papel de volta na latinha, deixando-a no mesmo lugar. Boa sorte e boa viagem. Atenciosamente: seu amigo, Pedro Deserto.”

A garrafa com água é suficiente apenas para matar sua sede, mas não para salvar sua vida. O que você faria? Você se arriscaria?

Como seria diferente a Bíblia se Noé não se arriscasse a construir um barco que nunca tinha visto antes; se Abraão tivesse dito não ao convite de Deus para ir a um lugar que não sabia onde ficava; se Davi decidisse continuar cuidando das ovelhas em vez de lutar contra o gigante; se Maria tivesse dito ao anjo que, como adolescente, não estava interessada em ser mãe. Se Jesus não tivesse Se arriscado a deixar o Céu, não haveria esperança para nós. Acrescente-se ainda uma legião de personagens bíblicos que se tornaram heróis porque se arriscaram.

Em cada dia há um convite para você se arriscar, inovar, crescer, criar, aprender, sair da mesmice, ousar. Quem sabe hoje seja um dia para isso. Arriscar-se a formar uma nova amizade, a dizer “o erro foi meu”, a cumprimentar o vizinho, escrever uma poesia, a começar aquele projeto que há tempo você sonha executar.

Faça como o homem que tinha dez talentos, a quem Jesus sugeriu imitar: “Arrisque-se e você conseguirá muito mais do que sonhou.”

terça-feira, 13 de setembro de 2011

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13 de setembro Terça


Graça INCLUSIVA


Quem vier a Mim Eu jamais rejeitarei. João 6:37

Aceitação é ser recebido incondicionalmente. Não precisamos cumprir requisitos, receber uma senha, nem chegar no horário. Queremos ser aceitos como somos, ter a certeza de que não existe relutância da parte de Deus para nos aceitar do jeito que somos e como estamos – soltos, livres, com nossas peculiaridades.

Aceitação é uma palavra importante dentro do domínio da graça. Jesus nunca fez um teste com Seus discípulos para decidir se os aceitaria. Não foram aceitos primeiro como aspirantes e depois comprovados como discípulos. Não houve um período de prova no qual estariam sob observação para definir sua admissão no grupo. Jesus também não os deixou em quarentena. Não houve nenhum processo de triagem com Pedro ou Tomé, nem mesmo com Judas, só para ter segurança de que os melhores seriam escolhidos.

Desde o início do Seu ministério, quando chamou os dois primeiros discípulos, até o Calvário, crucificado entre ladrões, Jesus gastou Sua vida revelando a graça de Deus para aqueles que O rodeavam. Demonstrou que a graça é inclusiva. Aceitou ir à casa de Mateus, que tinha convidado um bando de cobradores de impostos e outros “pecadores”. Aceitou a mulher samaritana, a quem escolheu para ser a primeira pessoa a revelar Sua missão. Visitou Zaqueu na casa dele. Tocou leprosos e atraiu crianças a Si.

Por que multidões acorriam a Ele? Ele as aceitava independentemente de sexo, raça ou profissão, ao contrário dos fariseus e mestres que estavam sempre corrigindo os outros, criticando ou encontrando faltas. Com Jesus, as pessoas podiam se dar ao luxo de ser elas mesmas.

Em nosso dia a dia, a aceitação no trabalho depende de desempenho, na escola, de nossas notas; para jogar no time, dos gols ou pontos que marcamos. Às vezes, queremos transferir para o domínio da graça os mesmos critérios. Queremos ter parte no processo de aceitação. Mas a graça nos aceita, a despeito de nossa inaptidão e incapacidade.

Ellen G. White diz: “Devemos ir com todas as nossas fraquezas, leviandades e pecaminosidade, e, arrependidos, lançar-nos a Seus pés. Ele Se alegra ao envolver-nos em Seus braços de amor, curar nossas feridas e purificar-nos de toda impureza” (Caminho a Cristo, p. 52).

Plenitude e riqueza da graça de Deus! Todos são incluídos. Ninguém vai ficar de fora. Seu abraço inclui todos nós.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

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12 de setembro Segunda


Falando a Verdade em Amor


Seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo. Efésios 4:15

Ninguém gosta de ter sua atenção chamada nem de ser criticado, independentemente de quanto se tenha errado ou de quanta verdade esteja por trás da crítica. Tenhamos seis ou sessenta anos, sejamos homem ou mulher, ativamos um mecanismo de defesa quando sabemos que somos criticados. Mas, em qualquer esfera de relacionamento, seja na família, no colégio ou no trabalho, a comunicação franca é uma preciosidade.

É interessante que pagamos médicos e dentistas para nos dizerem o que está errado com nosso corpo e nos ressentimos quando alguém vem dizer em que devemos melhorar em relação ao comportamento.

Como me aproximar de alguém que aprecio e dizer-lhe que fez algo errado ou desagradável? Como a confrontação pode ajudar a consertar um erro? Como “falar a verdade em amor”? Por que você vai confrontar uma pessoa? Para dizer que você é o responsável, falar como quer as coisas, acertar as contas? Você pretende confrontá-la por causa de uma preferência sua ou porque é necessário?

Quando o trabalho não foi feito ou foi feito descuidadamente e sem aprovação ou quando compromissos foram esquecidos, alguém precisa ser responsabilizado. Por isso, técnicos em muitas modalidades de esportes repetem entre si: “Erros não corrigidos se multiplicam.”

A confrontação quase sempre é dolorosa. Ficam as dúvidas: Será que se eu falar, ele vai se ofender? Será que nosso relacionamento não será abalado?

Ao tratar com quem errou, verdade e amor são inseparáveis. Se percebo que a pessoa está num caminho autodestrutivo ou está prejudicando outras pessoas, terei suficiente amor para dizer-lhe a verdade.

Falar a verdade com amor é ser cuidadoso com as palavras e com a intenção de restaurar. Tenho que pedir a Deus sabedoria e que me ajude a dizer o que é certo, no tom de voz adequado. Peçamos humildade a Deus e que Ele prepare o coração da pessoa com quem precisamos conversar.

“Quem fere por amor mostra lealdade, mas o inimigo multiplica beijos” (Pv 27:6).

domingo, 11 de setembro de 2011

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11 de setembro Domingo


Faze-o de Novo, Senhor


Quando virem estas coisas acontecendo, saibam que o reino de Deus está próximo. Lucas 21:31

Foi exatamente há dez anos. Quem não se lembra? Estava naquela terça-feira de manhã aguardando minha vez para uma consulta médica, quando os plantões de notícias informaram que dois aviões tinham sido lançados contra as Torres Gêmeas. São imagens impressionantes que não saem da memória.

Max Lucado, conhecido autor de livros de inspiração, lembrando aquele incidente, escreveu: “Querido Senhor, ainda estamos esperando para acordar. Ainda estamos esperando abrir os olhos adormecidos e pensar: que sonho horrível. Mas não acordaremos, não é, Pai? O que vimos não foi um sonho... Chamas consumindo nossas fortalezas, pessoas morrendo. Não foi um sonho e, querido Pai, nós estamos tristes.

“Há um bailarino que não mais vai dançar e um médico que não mais vai curar. Uma igreja perdeu seu pastor, uma classe sem seu professor...

“Assim vimos a Ti. Não pedimos Tua ajuda. Nós a imploramos. Sabemos aquilo que Tu podes fazer. Conhecemos as histórias e agora pedimos: Faze-o de novo, Senhor.

“Lembras-Te de José? Tu o resgataste de um poço. Tu podes fazer o mesmo por nós. Faze-o de novo, Senhor. Lembras-Te do povo hebreu no Egito? Protegeste Teus filhos do anjo da morte. Nós também temos filhos, Senhor! E Sara? Lembra de suas orações? Tu as escutaste. Josué? Lembras-Te de suas lágrimas? Tu as inspiraste. As mulheres no sepulcro? Ressuscitaste a esperança delas. As dúvidas de Tomé? Tu as tiraste. Faze-o de novo, Senhor.

“Acima de tudo, faze de novo o que fizeste no Calvário. O que vimos naquela terça-feira, Tu viste ali naquela sexta-feira. A inocência sendo esmagada. A bondade sendo assassinada. Mães chorando. O mal dançando. Como as cinzas caíram sobre nossos filhos, as trevas caíram sobre Teu filho. Mas isso não Te abalou, Senhor!

“Depois de Teu Filho ter permanecido três dias numa tumba escura, Tu moveste a pedra e sacudiste a terra, e tornaste a sexta-feira mais escura no domingo mais brilhante. Faze-o de novo, Senhor! Dá-nos um setembro da Páscoa.

“Agradecemos-Te, querido Pai, por essas horas de unidade. Cercas religiosas caíram... A cor da pele foi coberta com a cinza dos edifícios queimados. Concede àqueles que nos dirigem sabedoria além dos seus anos e experiência. Dá-nos graça para perdoar, e fé para que possamos crer. Faze-o de novo, Senhor!”

Dez anos depois, podemos com mais propriedade orar: “Vem, Senhor Jesus!”

sábado, 10 de setembro de 2011

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10 de setembro Sábado


A Esperança Não Decepciona


A esperança não nos decepciona, porque Deus derramou Seu amor em nossos corações. Romanos 5:5

Usamos muitas vezes a palavra esperança com o sentido de otimismo: espero que meu time ganhe, que eu passe no concurso público, que meu projeto seja aprovado. Quando a mega-sena fica acumulada, formam-se filas enormes de pessoas que esperam ser os próximos ganhadores.

Uma definição de esperança seria “o desejo acompanhado de uma expectativa. Interesse ou desejo cujo cumprimento é acariciado”. Outra definição simples: “Atitude positiva em relação ao futuro.” Quando você diz a alguém que não há mais jeito, não há esperança, está tirando dele uma coluna de sustentação à qual ele poderia se apegar.

O sistema escolar de uma grande cidade mantinha um programa de ajuda a crianças que estivessem hospitalizadas, a fim de que elas se mantivessem em dia com os estudos durante o período de internação. Certo dia, uma professora recebeu chamada telefônica com a incumbência de visitar um garoto que estava hospitalizado. Ela anotou o nome, o número do apartamento do hospital e foi conversar brevemente com a professora dele. “Estamos estudando substantivos e advérbios, disse a professora. Eu agradeceria se você o ajudasse nesses pontos.”

Naquela tarde, ela foi visitar o garoto. Ninguém mencionou para ela que o menino tinha sido gravemente queimado e sentia muita dor. Chocada com o que viu, simplesmente gaguejou para ele: “A escola me enviou para estudar substantivos e advérbios com você.”

Ao sair, percebeu que não tinha dado toda a matéria que queria. Mas, no dia seguinte, uma enfermeira perguntou para ela: “O que é que você fez para aquele garoto?” A professora ficou preocupada de que tivesse feito algo errado e começou a se desculpar.

“Não, não, disse a enfermeira, você não entendeu o que estou querendo dizer. Nós estávamos muito preocupados com o garoto, mas desde que você o visitou ontem, a atitude dele mudou completamente. Ele está reagindo e respondendo ao tratamento. É como se ele tivesse decidido viver.”

Duas semanas mais tarde, o menino explicou que tinha desistido de tudo, até que a professora chegasse. Tudo mudou quando ele compreendeu, e expressou o seguinte: “Eles não teriam enviado um professor para ensinar substantivos e advérbios para um garoto que estivesse morrendo, não é mesmo?”

Acredite, às vezes, a diferença entre a vida e a morte é nada mais do que a esperança.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

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9 de setembro Sexta


Companhia Dentro e Fora do Barco


Quando você atravessar as águas, Eu estarei com você; quando você atravessar os rios, eles não o encobrirão. Isaías 43:2

Ao participar de um curso de liderança para desbravadores no sul do Chile, conheci a cidade de Pucón, segundo polo turístico mais importante do país. Havia muitas atrações (vulcão para escalar, termas e cavernas), mas como fui acostumado à água do mar, a atividade que mais me fascinou foi o rafting do rio Trancura, um dos mais concorridos da América do Sul. Depois de experimentá-lo, disse comigo mesmo: “Tenho que trazer a liderança dos desbravadores de todo o continente para um campori neste lugar.” Alguns anos depois, decidimos realizar ali o 1º Campori Sul-Americano de Líderes de Desbravadores, em janeiro de 1999.

Três meses antes do evento, levei um grupo de líderes de algumas Uniões para conhecer o lugar e deixar tudo encaminhado. Numa das tardes, fomos fazer uma descida de rafting. Como em outubro começam a derreter as geleiras, o rio estava mais cheio e veloz que da primeira vez. Dividimos em dois botes o grupo de 14 pessoas. O que manejava o bote no qual eu estava era inexperiente na função. Avisou que os trechos mais perigosos do trajeto eram apenas três pequenas quedas. Ao nos aproximarmos do local, percebi que ele fez o sinal da cruz três vezes. Imaginei que não seria fácil. Não deu outra. Ele embicou por onde não devia e perdeu o controle do bote. A queda e a subida do bote foram tão violentas que o pastor Acílio Alves, que estava na proa, logo à minha frente, foi jogado para o ar, para trás da balsa. O bolsão de água jogou todos para fora. Mesmo com roupa de neoprene e colete salva-vidas, ser jogado para fora do bote na água com temperatura a quase zero não é nada empolgante. Socorridos pelo outro bote, voltamos a embarcar no nosso, que havia ficado encalhado numa ilha, e chegamos à sede tiritando de frio.

A reunião da noite teve um clima altamente pacífico. O susto tinha sido grande. Porém, três meses depois, por ocasião do Campori de Líderes, todos encararam sem medo o desafio de descer novamente o rio em rafting.

Diferentemente de nós, os discípulos enfrentaram uma tempestade no mar. Jesus, que estava a bordo, mandou o mar se acalmar e repetiu para eles o ensino mais simples da Bíblia, formulado em apenas duas palavras: “Não temam!”

A promessa de Deus vale não somente para o rio ou para o mar, mas para qualquer lugar e em todos os dias do ano: “Quando você atravessar as águas, Eu estarei com você; quando você atravessar os rios, eles não o encobrirão” (Is 43:2).

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

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8 de setembro Quinta


O Sentido da Visão


Os olhos são a candeia do corpo. Quando os seus olhos forem bons, igualmente todo o seu corpo estará cheio de luz. Lucas 11:34

Há imagens que facilmente ficam retidas na retina e nos trazem satisfação: o peixe cortando a água, o espectro do arco-íris, o pôr do sol vermelho em zarcão, aquela fita branca que o jato deixa no céu, o mar de encontro às rochas, um pássaro de plumagem multicolorida, o céu estrelado de verão.

O olho é chamado de “o órgão imperial do corpo humano”. Do começo ao fim da Bíblia, os olhos são mencionados em relação a muitas coisas: onipresença – “Os olhos do Senhor estão atentos sobre toda a Terra” (2Cr 16:9); cuidado de Deus – “como a menina dos Seus olhos” (Dt 32:10); inspeção divina sobre o funcionamento da igreja: rodas cheias de olhos (Ez 1:18; 10:12); algo repentino – “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15:52). E no Sermão do Monte, Jesus diz: “Os olhos são a candeia do corpo” (Lc 11:34).

Não há nenhum outro órgão no corpo humano que se compare em estrutura e adaptabilidade e que tenha mecanismos tão complexos como o olho humano. Temos a pupila com acomodação automática para maior ou menor entrada de luz. Temos a lente com foco e acomodação automática. Posso enxergar perto ou longe ao mesmo tempo. Posso ver a caneta ou o microfone que está na mão e, ao mesmo tempo, olhar para o céu.

O astrônomo ajusta o telescópio até chegar ao ponto exato do espaço; o pesquisador ajusta o microscópio para ver detalhes da imagem. Posso olhar para a montanha que quero escalar e imediatamente, com focalização automática, ver em meu relógio se já é hora de sair. Com razão, Leonardo Da Vinci disse: “Quem acreditaria que um espaço tão pequeno pudesse conter as imagens de todo o Universo?”

Os olhos também têm sua linguagem que não dá para esconder. Os olhos fulminam quando estão indignados; piscam de contentamento; brilham quando estão entusiasmados ou são doces quando mostram simpatia. Permanecem imóveis quando você está com medo; caídos quando você está triste; ou em fogo quando quer vingança. Há ternura nos olhos da criança e dos noivos sobre o altar. Se os olhos dizem uma coisa e a boca diz outra, em qual dos dois você vai acreditar?

Para aqueles que nasceram cegos e nunca chegaram a ver ou para aqueles que sempre tiveram a felicidade de enxergar, a Bíblia tem uma promessa: “Olho nenhum viu [...] o que Deus preparou para aqueles que O amam” (1Co 2:9).

Agradeçamos a Deus as maravilhas do sentido da visão.

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7 de setembro Quarta


Fique Longe da Zona Proibida


Estejam alerta e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. 1 Pedro 5:8

Na revista Seleções, Jim Grant conta a história de um homem de negócios com excesso de peso que decidiu que estava na hora de perder uns bons quilos. Levava a sério sua dieta, chegando mesmo a mudar de rota para evitar a doceria favorita. Certa manhã, entretanto, ele apareceu no trabalho com um bolo gigante de chocolate. Os colegas de escritório começaram a zombar dele, mas ele permanecia impassível com seu sorriso. “Este é um bolo especial”, disse. “Acidentalmente, tive que passar em frente à doceria nesta manhã e ali, na vitrine, havia grande quantidade de bolos. Senti que não era tão acidental assim, e orei: ‘Senhor, se é de Tua vontade que eu compre um destes bolos de chocolate, que haja um lugar para estacionar em frente da porta da doceria’. Depois de oito voltas na quadra, apareceu o lugar.”

A tentação vem. Não importa se é um pedaço de bolo, ou alguma coisa que você não deve ter, algo que você não deve fazer, ou um lugar aonde não deve ir.

O aviso é: “Fique longe da zona de perigo!” Paulo diz: “Fujam da imoralidade” (1Co 6:18). Quer dizer, corra na direção contrária. Se você tem problemas com bebida alcoólica, não passe em frente ao bar. Se gosta de dançar, não vá aonde possa escutar o som da “balada”. Em outras palavras, não fique nadando nem brincando ao redor da isca, muito menos olhando para ela.

Quão perto posso me aproximar do fogo e não me queimar? E se eu sair quando sentir cheiro de fumaça? A preocupação deve ser: Como posso ficar o mais longe possível do pecado?

O diabo pode dizer: “Tire uma folga espiritual neste fim de semana. Só hoje à noite. Só uma hora. Afinal, é só uma visita à zona proibida. Você é maduro e sabe que não vai ficar lá.”

Por ocasião do lançamento do filme A Paixão de Cristo, Mel Gibson esteve presente a uma grande concentração de pastores na cidade de Chicago. Perguntaram-lhe por que tinha colocado uma mulher com véu para representar o mal. “O mal toma a forma de beleza, é quase bonito... ele se disfarça e se mascara, mas se as antenas de vocês estiverem ligadas, vão identificá-lo.”

Pedro adverte: “Cuidado, há um gato predador pronto para saltar sobre a presa. Nada de cochilar!” Através do poder da graça de Deus, você experimentará vitória sobre a tentação.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

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6 de setembro Terça


O Deus que Acha


Este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado. Lucas 15:24

Não diga que a última vez que brincou de esconde-esconde você era criança, porque, como pai, tio ou avô, você também deve ter brincado com os filhos, sobrinhos ou netos. Toda criança, desde pequena, experimenta essa brincadeira. Primeiro, é aquela contagem crescente: vinte e oito, vinte e nove e... lá vou eu! Quando os pais brincam com os filhos menores, fazem de conta que é difícil encontrá-los: “Onde será que está a Cris? Será que está debaixo da cama... no escritório... lá em cima?”

Na brincadeira, a maioria das crianças gosta de se esconder. Ser achado por último é sinal de esperteza. E quando esse último é aquele que vai procurar, aí sim é que todo mundo se esconde em lugares incríveis.

Em casa ou no trabalho, quando perdemos algum documento importante, as chaves do carro, o cartão de crédito, ou o pendrive com arquivos do colégio, ficamos com o coração apertado. Reviramos uma e outra vez os papéis e voltamos aos mesmos lugares para procurar o que perdemos. Até que alguém grita: “Está aqui!” Ufa! Que alívio e que alegria!

Neste dia, quero dizer para você que meu Deus é um Deus que procura. E é um Deus que acha. A figura que temos na Bíblia é a de um Deus que volta triunfante e feliz por ter encontrado o que procurava. Assim foi com a ovelha que estava no deserto, com a moeda nas trevas e com o filho numa terra distante. Os verbos “perder”, “achar” e “alegrar-se” se repetem em cada caso. Por que continuar se escondendo, insistindo em permanecer nessa neblina de autopunição ou querendo se martirizar, quando Deus já o aceitou? Alguém escreveu o seguinte poema:

“Sou uma criança brincando de esconde-esconde, / Esperando que alguém me encontre. / Chame meu nome e diga: “Achei!” / E o fizeste, Senhor. / Encontraste-me, me escondendo / Nos lugares mais absurdos e tristes, / Atrás de velhos ressentimentos, / Sob toneladas de desapontamentos, / Pendurado na culpa, asfixiado pelo sucesso, / Envolto em soluços que ninguém ouvia. / Encontraste-me, chamaste meu nome / e disseste: “Achei!” / E creio no que disseste. / E agora, talvez, as lágrimas silenciosas que umedecem meu rosto / Dizem que eu não preciso brincar de esconde-esconde, nunca mais” (autor desconhecido).

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

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5 de setembro Segunda


O Deus que Conhece Seu Nome


Ele chama as Suas ovelhas pelo nome. João 10:3

O ouvido humano está finamente sintonizado para captar especialmente dois sons: o som de uma moeda caindo no chão e nosso próprio nome. Você pode estar numa sala cheia de gente, com aquele vozerio e burburinho, mas se seu nome for falado, você vai identificar facilmente. Não existe nada tão pessoal como nosso nome. Se escuto meu nome, paro e procuro descobrir de onde veio a voz.

Você já esteve às seis da tarde em alguma estação do metrô de São Paulo? Ou na Rua 25 de Março, no mês de dezembro? Já assistiu a reportagens mostrando a saída da multidão de um grande estádio? Vemos apenas o povo, a multidão, um grupo de humanos. Mas, para Jesus, cada rosto é diferente. Cada rosto tem sua história. Cada um é Seu filho. Cada um tem nome. Ele não chama: “Pessoal, sigam-Me!” Ele nos chama individualmente.

Pense agora por um momento: seu nome é pronunciado pelos lábios de Deus! E não somente isso, mas também tem seu nome escrito nas mãos dEle! “Veja, Eu gravei você nas palmas das Minhas mãos” (Is 49:16). Isaías se lembrava de que muitos marinheiros tinham o nome daquelas pessoas a quem amavam em diversas partes do corpo. Nosso nome está gravado nas mãos de Deus. O acesso é mais fácil e rápido do que qualquer clique de computador. Apenas um movimento na mão e ali está o seu nome, o meu nome.

Jesus, como bom Pastor, conhece pelo nome cada ovelha do Seu rebanho. O jornalista Tim Laniek perguntou a um pastor de ovelhas se ele realmente conhecia as ovelhas. O pastor respondeu: “Eu sei o ano em que nasceram, as circunstâncias do nascimento, se fraturaram alguma pata, a que doenças são mais suscetíveis, que animal mais temem; conheço o temperamento de cada uma; se costumam se desgarrar do rebanho, etc.”

Não podemos imaginar Jesus, como nosso bom Pastor, nos conhecer menos do que isso. Ele também conhece as circunstâncias do seu nascimento, como seus pais o trataram, e como está seu coração agora.

“Jesus nos conhece individualmente, e comove-Se ante nossas fraquezas. Conhece-nos a todos por nome. Sabe até a casa em que moramos, o nome de cada um dos moradores. Tem por vezes dado instruções a Seus servos para irem a determinada rua, em certa cidade, a uma casa designada, a fim de encontrar uma de Suas ovelhas” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 479).

Como é bom ter a certeza de que Jesus sabe nosso nome!

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4 de setembro Domingo


Mágoas


Uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo. Filipenses 3:13, 14

Se alguém tinha boas razões para se lamentar do passado, essa pessoa era Paulo. Cúmplice no apedrejamento de Estêvão, mandante da invasão de casas em Jerusalém e culpado de lançar homens e mulheres na prisão. Ele mesmo confessa que fora “blasfemo, perseguidor e insolente” (1Tm 1:13). No entanto, ele não permitiu que o passado se tornasse uma prisão para ele. Em lugar de ficar se lamentando e remoendo mágoas, decidiu que o mais importante na sua vida tinha sido o encontro com Jesus e a nova pessoa em que ele se tornara. Por isso, disse: “Pela graça de Deus, sou o que sou” (1Co 15:10).

Lembra-se das histórias infantis nas quais apareciam monstros que hibernavam e, quando menos se esperava, esses monstros despertavam da hibernação devorando tudo o que estivesse ao seu alcance? Assim também são os sentimentos carregados de emoção, de mágoa. Quando menos esperamos, ali estão eles para nos incomodar. De repente, voltam do passado, saem da hibernação e querem estragar nosso presente. É como se fosse alguma coisa submersa que, subitamente, vem à superfície e não adianta querer empurrar para baixo para que saia de nossa vista.

Ao olhar para trás, vamos cruzar em algum momento com lembranças de erros que cometemos ou que outros cometeram contra nós. Momentos de injustiças, abuso e medo. Nos sentimos culpados até mesmo por permitir que esses sentimentos fiquem passeando livremente pelos corredores da mente. Não colecionemos essas mágoas, rendendo-nos a elas e tornando-nos seus prisioneiros. Muitos chegam a agir como diretores de filmes diante da mágoa: mudam o ângulo, minimizam uma cena, aumentam e congelam outra imagem e a tingem com a pior cor possível.

A boa notícia é que muitas decisões podem ser alteradas e revertidas. Você pode sair do caminho errado no qual está andando neste momento e começar a caminhar com Deus por um novo caminho. Se nada pode ser alterado e você tiver que conviver com as consequências, pode experimentar o perdão de Deus. Visualize Jesus andando com você, aceitando-o, perdoando-o e curando-o completamente.

“Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados! Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa!” (Sl 32:1, 2).

sábado, 3 de setembro de 2011

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3 de setembro Sábado


O que É Ser Cristão


Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos. Atos 11:26

O que é ser cristão? Será que existe resposta simples para essa pergunta? O que você responderia? Por que você é cristão? Nasceu numa família cristã? Leu algum livro, estudou em escola cristã, assistiu a uma palestra, um amigo o convidou para estudar a Bíblia?

À medida que crescia o número de seguidores de Cristo em diferentes lugares, eles também recebiam nomes diferentes. Assim, foram chamados de “nazarenos”, pois, como Jesus era de Nazaré, foi fácil transferir esse título para Seus seguidores. Foram também identificados como “galileus”, já que os doze discípulos eram da Galileia. Como então surgiu o nome “cristãos”?

Não, não foi o departamento de comunicação da igreja do primeiro século que se reuniu e disse: “Irmãos, precisamos de uma identificação. De uma nova marca que possa despertar interesse em todos e chegar facilmente ao coração deles.” Eles também não fizeram uma pesquisa ou levantamento colhendo ideias para saber como deveriam ser chamados. Na cidade de Antioquia, depois de um ano de trabalho feito por Barnabé e Paulo, os habitantes da cidade começaram a chamar os seguidores de Cristo de cristãos.

O que levou esse povo a chamar de “cristãos” os seguidores de Cristo? Sem dúvida, as mensagens repetidas que exaltavam a vida e o ministério de Jesus. Mas não apenas isso. Acima de tudo, o exemplo vivo daqueles que haviam se tornado seguidores de Cristo, sua maneira de falar, de vestir e especialmente a compaixão mostrada aos necessitados – tudo isso falava profundamente do que estava no coração daqueles homens e mulheres.

Atualmente, a palavra “cristão” perdeu força e autenticidade. Existe embutida nessa palavra vasta gama de ideias religiosas verdadeiras e falsas. Chamamos de cristã uma pessoa que tem altos padrões morais, ou que na Páscoa e no Natal vai à igreja.

No terceiro século, Cipriano, bispo de Cartago, escreveu ao seu amigo Donatus: “Este é um mundo triste, Donatus, um mundo incrivelmente mau. Mas descobri nele um povo tranquilo e bom que aprendeu o grande segredo da vida. Eles encontraram uma alegria e sabedoria que são mil vezes melhores do que qualquer prazer da nossa vida pecaminosa. São desprezados e perseguidos, mas não se importam. São senhores da sua alma. Eles venceram o mundo. Essas pessoas, Donatus, são os cristãos [...], e eu sou um deles.”

Como ser cristão? É simples, muito simples. Basta aceitar Jesus como Salvador e permitir que Ele transforme sua vida.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

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2 de setembro Sexta


Os Escolhidos de Deus


Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios, e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte. Ele escolheu o que para o mundo é insignificante, desprezado e o que nada é, para reduzir a nada o que é, a fim de que ninguém se vanglorie diante dEle. 1 Coríntios 1:27-29

Os processos seletivos nas universidades, concursos públicos e vagas de trabalho nas empresas atraem cada ano milhares de candidatos procurando afirmação na vida. Nas universidades, dependendo do curso que pretendem fazer ou da escola em que desejam estudar, necessita-se de mais tempo, preparo e esforços adicionais. Assim como no processo seletivo das universidades, também nos concursos públicos e no mercado de trabalho apenas os mais bem qualificados é que conseguem espaço. E no âmbito do esporte, as eliminatórias selecionam, elitizam e filtram os desportistas, permanecendo para as etapas finais apenas os que conseguirem as melhores marcas.
Ser aprovado, passar, significa que você está entre os melhores. Seu eu é massageado ao saber que pertence a uma pequena elite de privilegiados.

O mundo diz: forme seu time com os mais ricos, mais fortes, eruditos e poderosos. E Deus, que qualificações requer dos candidatos ao Seu reino? Sua graça inverte os padrões do mundo nessa escolha. Escrevendo com estilo altamente retórico, Paulo usa alguns contrastes. Deus escolheu os loucos para envergonhar os sábios; os fracos para envergonhar os fortes; e os humildes para envergonhar os poderosos.

A graça de Deus diz: “Não vou olhar para seus talentos, títulos acadêmicos, nem para o local em que você nasceu.” A graça alcança a todos: ricos e pobres, homens e mulheres de todas as raças. A salvação, então, não depende de nenhuma qualidade inerente ao ser humano.

É por isso que Deus vai colocar em Sua “seleção”, no Seu Dream Team, maltrapilhos, perdedores, prostitutas, os mais débeis e improváveis. Seu processo de escolha, entre outras coisas, tem como objetivo eliminar todo sentimento de exaltação. “Quem se gloriar, glorie-se no Senhor” (1Co 1:31).

No cristianismo, o ser humano é escolhido não pelo que ele é, mas por aquilo em que pode se tornar. Hoje, olhando para nós, não temos absolutamente nada que nos recomende a fim de que sejamos escolhidos por Deus; porém, a graça de Deus nos qualifica para que você e eu sejamos candidatos.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

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1º de setembro Quinta


Você Não Tem que se Preocupar


Não se preocupem, dizendo: “Que vamos comer?” ou “Que vamos beber?” ou “Que vamos vestir?” Mateus 6:31

Certa ocasião, o Serviço de Saúde dos Estados Unidos mandou imprimir a seguinte declaração sobre a tendência para a preocupação: “Tanto quanto saibamos, nenhum pássaro tentou construir mais ninhos do que seu vizinho. Nenhuma raposa se aborreceu por ter apenas uma toca para se esconder. Nenhum esquilo morreu de ansiedade pelo fato de não ter o suprimento para dois invernos em lugar de um, e nenhum cachorro perdeu o sono pelo fato de não ter ossos suficientes para anos futuros.”

Sabedor de nossa fragilidade como seres humanos, Jesus repetiu três vezes no Sermão do Monte a ordem “não se preocupem”. As recomendações ligadas a essa ordem fazem parte, hoje em dia, de conselhos nas áreas da medicina, psicologia e espiritualidade.

A principal razão pela qual nos preocupamos é que desejamos controlar nossa vida, em lugar de confiar o futuro a Deus. Chegamos a pensar que podemos administrar melhor os resultados e o inesperado.

Há inúmeras preocupações que nos assaltam no dia a dia: perder o emprego, sofrer um acidente, perder o cônjuge, bens, saúde, etc. A isso nossa imaginação acrescenta dúvidas, medos, números e expectativas. Ou, como diz um provérbio sueco: “A preocupação faz de um pequeno objeto uma grande sombra.” Quando nos preocupamos, bloqueamos a corrente natural de pensamento, o que nos impede de tomar resoluções adequadas. Quando nos preocupamos, chegamos até certo ponto a questionar a sabedoria de Deus. Mas nada é grave, difícil ou impossível para o Senhor. Ele sabe o que é melhor e cuida de nós.

Estatísticos da Universidade de Wisconsin fizeram um estudo sobre coisas que preocupam o ser humano. Reuniram os itens em quatro grupos:

1º – 40% preocupam-se com coisas que nunca aconteceram; 2º – 30% preocupam-se com coisas que já aconteceram e não podem ser mudadas; 3º – 22% ocupam a mente com pequenas preocupações e crítica infundada dos demais; 4º – 8% têm preocupações legítimas.

“Coisa alguma é grande demais para que Ele não possa suportar, pois é Ele quem mantém os mundos e governa o Universo. Nada daquilo que, de alguma forma, diz respeito à nossa paz é pequeno demais para que Ele não note. [...] Nenhuma calamidade poderá sobrevir ao mais humilde de Seus filhos [...] sem que Lhe desperte imediato interesse” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 100).