domingo, 18 de dezembro de 2011

meditações diárias'

18 de dezembro Domingo


Vida Transformada e Emoções


Eu sou o Senhor que sonda o coração e examina a mente. Jeremias 17:10

Por ocasião dos congressos e campais de jovens, quando não tinha participação no programa, eu gostava de me sentar junto da moçada para “sentir o clima”. Gostava de ver como participavam nos cânticos e sua reação às mensagens apresentadas.

Lembro-me de uma vez em que eu estava numa das últimas fileiras da arquibancada, numa campal de jovens. Havia boa música, boa mensagem e depois foi feito o apelo e tomadas decisões. Era bonito ver, da parte dos jovens, a renovação da dedicação a Deus. Depois do sermão, pude ouvir o breve diálogo entre um rapaz e uma moça: “Você chorou?”, ele perguntou. “Ah, chorei!”, ela respondeu. “Eu também chorei”, acrescentou ele. Como se afastaram, não acompanhei o restante da conversa.

Pensei comigo: O que será que eles estavam querendo avaliar? Medir a legitimidade da experiência religiosa? Comprovar que tudo estava bem com sua vida e Deus estava perto deles? Será que devemos usar a presença ou ausência de emoções em nossa vida religiosa como termômetro para medir a espiritualidade?

Ainda hoje há pessoas que julgam o êxito de uma semana de oração pelo clima altamente emotivo de seu encerramento. Se não terminou com muita gente se emocionando, faltou alguma coisa.

Quer sejamos pessoas mais emocionais ou mais intelectuais, as emoções fazem parte da vida de todos. São elas que dão cor ao nosso dia a dia, na afetuosidade do vermelho, na alegria do amarelo ou na harmonia do verde. Se tudo é alegria, sol, saúde, boas notícias, estamos lá em cima. Se aparecem retrocessos ou imprevistos desagradáveis, afundamos.

Há cristãos sinceros que medem sua vida religiosa pela intensidade das emoções que sentem. Se as decisões não foram tomadas num clima carregado de emoção, não têm tanto valor.

Veja este pensamento: “Satanás induz as pessoas a pensarem que, por terem experimentado êxtase de sentimentos, estão convertidas. Mas sua experiência não muda. Seus atos são os mesmos que antes. Sua vida não demonstra bons frutos. [...] Estão iludidas. Sua experiência não vai além do sentimento” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 71).

Aceitar Cristo é tanto uma resposta emocional como da mente. Para que a decisão seja permanente, deve haver equilíbrio entre razão e emoção, mente e coração. Por isso, Davi orou:”Sonda-me, Senhor, e prova-me, examina o meu coração e a minha mente” (Sl 26:2).

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