sábado, 21 de abril de 2012

meditações diárias'

21 de abril Sábado


Cortando a Mão Direita


E se a sua mão direita o fizer pecar, corte-a e lance-a fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ir todo ele para o inferno. Mateus 5:30

Essas palavras são estranhas e foram proferidas pelo próprio Jesus. O que será que Ele quis dizer com elas?

Ao longo dos séculos, alguns cristãos as levaram ao pé da letra. No início do terceiro século, o teólogo Orígenes, na tentativa desesperada de controlar o desejo sexual, castrou a si mesmo. Alguns outros, pensando que estavam seguindo Jesus, também mutilaram o corpo.

Mas esse pensamento estava totalmente errado. Jesus foi o Grande Médico, não um mutilador. Ele sempre tornava homens e mulheres inteiros de corpo, mente e espírito. A verdadeira religião amplia nossa experiência, não a diminui.

O contexto desse verso nos ajuda a entender o que Jesus quis dizer. Essas palavras fazem parte do famoso Sermão do Monte, em que por seis vezes Jesus repete: “Vocês ouviram o que foi dito. [...] Mas Eu lhes digo.” Em todos os casos, Jesus cita uma regra do Antigo Testamento e a amplia.

Em Mateus 5:27-30, Jesus cita o sétimo mandamento do Decálogo, que proíbe o adultério. Em seguida, Ele amplia a abrangência do mandamento, mostrando que até mesmo o ato de olhar com más intenções para uma mulher já é o suficiente para quebrá-lo. Então, Ele diz: “Se o seu olho direito o fizer pecar, arranque-o e lance-o fora. [...] Se a sua mão direita o fizer pecar, corte-a e lance-a fora.” Ou seja, tudo aquilo que nos levar a pecar, por mais que gostemos, deve ser banido de nossa vida.

Radical demais? Sim, mas essa é uma questão de vida ou morte. Uma raposa ou um lobo apanhados em uma armadilha roerão a pata a fim de salvar a própria vida. Aron Ralston, ao partir para uma escalada solo no Parque Nacional Canyonlands de Utah, Estados Unidos, em abril de 2003, foi obrigado a enfrentar uma escolha semelhante. Ralston acidentalmente liberou uma rocha de 360 quilos que o comprimiu dentro de uma fenda estreita do cânion. No sexto dia de clausura e beirando a loucura, Ralston decidiu fazer a única coisa que o libertaria de sua prisão: ele cortou o antebraço com uma faca de bolso.

Radical, mas ele escolheu a vida em vez da morte. Nós também precisamos romper radicalmente com qualquer hábito que nos leve para a morte eterna. Livre-se de todo hábito que estiver obstruindo o caminho da salvação. Corte-o! A graça nos conclama a tomarmos atitudes radicais.

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