domingo, 21 de novembro de 2010

meditações diárias'

21 de novembro Domingo


Ellen White em seu contexto


Porque é preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali. Isaías 28:10

Há certas declarações da Sra. White que, se forem tiradas de seu contexto histórico, negligenciando-se o tempo e as circunstâncias em que foram escritas, trarão dificuldades aos leitores atuais. Um exemplo deste fato é o seguinte:

“Quando eu estava na Suíça, veio-me de Battle Creek, a notícia de que se elaborara um plano segundo o qual ninguém que trabalhasse no escritório ganhasse mais de doze dólares por semana. Disse eu: Isto não vai dar certo; alguns terão necessidade de receber mais do que isso. Mas o dobro desta importância não deve ser dada a homem algum que trabalhe no escritório” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 192).

Imaginem aplicar essa declaração literalmente aos tempos de hoje. Todos os que trabalham nos escritórios teriam de viver com menos de 48 dólares por mês!

Em 1893 a Sra. White enviou a seguinte mensagem à sessão da Associação Geral, que estava tendo lugar: “Nem um entre vinte dos nomes que se acham registrados nos livros da igreja, está preparado para finalizar sua história terrestre” (Serviço Cristão, p. 41).

De vez em quando, um pregador bem intencionado cita esse texto, na tentativa de levar a igreja ao reavivamento pelo caminho do temor. Entretanto, “esta declaração precisa ser entendida como sendo aplicável à situação em 1893, na ocasião em que a mensagem foi apresentada. Foi dada para despertar a igreja e levar a uma mudança de condições, de modo que uma porcentagem maior de pessoas estivesse preparada para encontrar-se com o Senhor. A aplicação desta declaração em rigoroso detalhe hoje, seria entender mal o objetivo por que os Testemunhos foram dados” (Compreehensive Index to the Writings of Ellen G. White, v. 3, p. 3215).

Além disso, é preciso levar em consideração que Ellen White muitas vezes usava números redondos, hiperbólicos. Ela utiliza pelos menos cinco vezes a proporção 1 para 20, e pelo menos vinte e uma vezes a expressão 1 para 100.

A condenação aos casamentos mistos, bicicletas, o uso de aliança, calças compridas para mulheres, consumo de queijo, ovos, carne, estudo de psicologia, uso de drogas, perucas, cosméticos, seguros de vida e outros assuntos devem também ser considerados respeitando-se o tempo e as circunstâncias.

O excessivo apego à letra se revela pernicioso à igreja quando não se distingue uma norma de um princípio.

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